Empresário José Sabóia é interrogado por 2h na Justiça Federal

O empresário José Geraldo de Sabóia Campos, réu no 4º processo que tramita na Justiça Federal de Mato Grosso em decorrência da Operação Ararath prestou depoimento nesta quinta-feira (16). Ele foi interrogado pelo juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Cuiabá, mas não se sabe o teor do depoimento. Foi a primeira audiência no processo que tem ainda como réu o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes (PMDB).

Sabóia tem 78 anos e enfrenta problemas de saúde, entre eles, diabetes, motivo pelo qual seu advogado, Mauro Márcio Dias Cunha, pediu ao juiz que antecipasse o interrogatório. O magistrado acatou e ouviu o empresário antes de mesmo das testemunhas que ainda deverão ser arroladas. A denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal após a conclusão do inquéerito 0445/2014 foi aceita pela Justiça Federal e passou a tramitar no dia 2 de outubro na 5ª Vara Federal presidida por Jeferson Schneider.

O empresário virou réu sob acusação de lavagem de dinheiro, corrupção e peculato, porque sua empresa, a Sabóia Construtora, apareceu na relação de empresas e nomes investigados pelo MPF e pela Polícia Federal na Operação Ararath que já está em sua 6ª fase, sendo que a mais marcante foi a 5ª etapa deflagrada no dia 20 de maio deste ano.

Sabóia é defendido pelo advogado Mauro Cunha que destacou que seu cliente está colaborando com a Justiça. Ele relatou que o empresário prestou todos os esclarecimentos necessários e ainda apresentou documentos que deverão comprovar sua inocência ao final do processo. O interrogatório durou começou às 13h30 e durou cerca de 2h.

Ararath - A Operação Ararath foi deflagrada em etapas para desarticular uma organização criminosa que praticava, segundo a PF e o MPF, crimes contra o sistema financeiro nacional por meio de instituições financeiras clandestinas. São investigados empresários, políticos de Mato Grosso e autoridades do Estado, bem como membros do Poder Judiciário, do Executivo Estadual, do Legislativo Estadual, do Ministério Público Estadual, do Tribunal de Contas do Estado e ainda do Executivo Municipal de Cuiabá.

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