24.04.2015 | 15h20
![]() Policiais militares impedem a entrada de manifestantes pró-Dilma e contra Eduardo Cunha |
O clima nas dependências da Assembleia Legislativa é de tensão nesta tarde de sexta-feira (24) com vários policiais utilizando escudos para impedir a entrada de manifestantes no prédio. O manifesto é contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para presidir uma sessão itinerante. A mobilização foi articulada pelo Facebook, por meio do ato intitulado de "Fora Cunha". Um dos temas alvos de protestos é o projeto de lei 4330 que dispõe sobre a terceirização.
Laura Nabuco![]() Impedidos de entrar nas galerias, manifestantes protestam no saguão da AL |
Integrantes do Movimento Muda Brasil, que protestam contra o governo federal, mais especificamente contra a gestão Dilma Rousseff (PT), puderam entrar nas galerias para acompanhar a sessão, a qual Cunha vai presidir.
No entanto, os manifestantes pró-Dilma e contrários a Eduardo Cunha foram impedidos de adentraram no prédio da AL. Policiais militares fizeram um cordão de isolamento nas escadarias para barrar a passagem dos envolvidos no manifesto que é encabeçado por militantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Houve um princípio de confronto e empurra-empurra foi registrado entre manifestantes e policiais.
Impedidos de entrar, os manifestantes gritam que a “Casa é do povo” e reclamam que as galerias estão vazias e mesmo assim são barrados e impedidos de entrarem no espaço. Dessa forma, eles protestam no saguão de entrada da Assembleia. Como protesto, eles já promeveram um "beijaço gay" nas dependências da Assembleia. Entre os manifestantes, tem um grupo que defende os direitos da comunidade LGBT e cobra a criminalização da homofobia no Brasil.
Laura Nabuco![]() |
Na página do grupo no Facebook, os organizadores definem Eduardo Cunha como “um representante do que há de mais reacionário na política brasileira”. Citam também uma série de violações de direitos dos trabalhadores e minorias que atribuem ao deputado federal peemedebista as responsabilidades.
As alegações por parte da Assembleia para impedir a entrada dos manifestantes são de que não se trata de audiência pública, mas de uma sessão plenária organizada pela Câmara dos Deputados. Por outro lado, os envolvidos gritam que a Casa é do povo.
O deputado Eduardo Cunha já chegou na Assembleia e entrou pelos fundos, pelo estacionamento utilizado pelos deputados estaduais. Desa forma, ele não teve contato com os manifestantes e foi direto para o plenário.
Os representantes de movimentos sociais acusam Eduardo Cunha de engavetar projetos considerados conservadores e mantendo assim o “pensamento das elites”. Eles exigem a demarcação de terras indígenas, são contrários à redução da maioridade e exigem reforma política no Brasil. Pedem ainda a provação de lei para criminalizar a homofobia, e contestam a gestão de Cunha. Questionam a serviço de quem está a Câmara dos deputados, pois não se sentem representados pelos projetos e assuntos que têm recebido aval de Eduardo Cunha.
Eles também acusam o peemedebista de querer institucionalizar o financiamento privado de campanha legalizando as doações por empresas e empresários. Os envolvidos proferem vários gritos de guerra contra Cunha. (Com informações de Laura Nabuco e Renan Marcel)
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