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Cuiabá, Quinta-feira 11/09/2025

Judiciário - A | + A

16.08.2016 | 13h50

Zílio 'mandou' delator destruir contrato; filho de Blairo explica venda - Siga

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Welington Sabino

Selma Rosane preside mais uma audiência na ação penal da Sodoma

A juíza Selma Rosane Santos Arruda retomou nesta terça-feira (16) as oitivas das testemunhas arroladas na 2ª ação penal decorrente da Operação Sodoma que levou para cadeia há 11 meses o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), acusado de chefiar uma quadrilha que agia cobrando propina de empresários beneficiados com incentivos fiscais.

Na audiência foram interrogados André Souza Maggi e Samuel Maggi Locks, filho e sobrinho do ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), respectivamente. Eles são os antigos donos de um terreno localizado na Avenida Beira Rio, em Cuiabá que foi vendido ao custo de R$ 13 milhões ao ex-secretário de Estado, César Roberto Zílio, um dos presos na 2ª fase da Sodoma.

Também foi interrogado como testemunha, o arquiteto José da Costa Marques. Ele também firmou um acordo de delação premiada junto ao Ministério Público Estadual (MPE). As testemunhas pediram para ter a imagem preservada. A juíza Selma Rosane acatou o pedido. 

A Polícia Civil que investigou o esquema e o Ministério Público Estadual que ofereceu a denúncia contra os 17 réus na ação penal, afirmam que no pagamento do terreno foram usados dezenas cheques oriundos de propina paga por empresários aos integrantes da quadrilha.

Confira abaixo como foram os principais momentos da audiência.

19h05 - Nesta quarta-feira (17), acontece mais uma audiência no processo para as oitivas dos empresários João Batista Rosa e Willians Paulo Mischur. Ambos são delatores do esquema investigado na Operação Sodoma e afirmaram que foram "obrigados" a pagar milhões de reais em propina ao grupo criminoso chefiado pelo ex-governador Silval Barbosa. 

19h- Fernando Infantino esclarece que num determinado período, de 2012 em diante passou a prestar serviço de locação e coleta de lixo para a empresa Delta Locações que à época, mantinha contratos com diversos órgãos públicos de Mato Grosso. Em janeiro de 2013, o diretor da Delta, Rafael Nascimento de Mendonça, o procurou e disse que tinha dificuldades em receber do Estado. Tinha medições e planilhas de serviços prestados ao Estado, mas não recebia. Foi então, que Infantino disse que conhecia César Zílio e tentou ajudar o diretor da Delta a receber os pagamentos atrasados. Levou planilhas e medições e entregou a Zílio. A partir daí ele garante que Zílio passou a tratar do assunto diretamente com Fernando, diretor da Delta. 

Foi nesse contexto, que segundo, Fernando Infantino, o ex-secretário César Zílio exigiu um pagamento de R$ 27 mil para que ele autorizasse os pagamentos para a Delta. "O Rafael falou pra eu dar o cheque de R$ 27 mil ao Zílio e eu emiti o cheque da minha empresa", relata. Garante ainda que entregou o cheque pessoalmente para Zílio, mas não lembra exatamente o local, se foi no escritório ou no local de trabalho do ex-secretário. Termina o depoimento da testemunha. 

18h49 - Termina o depoimento de Paulo Gasparotto. A próxima testemunha a ser ouvida por Selma Rosane é Fernando Augusto Canavarros Infantino. Ele foi arrolado para esclarecer uma acusação que pesa somente contra César Zílio acusado de ter exigido e recebido um total de R$ 27,9 mil. Ele confirma que o cheque emitido para César Zílio é em nome de sua empresa, a JFP Comércio e Servicos Lta - ME. 

18h20 - Valor de R$ 1,3 milhão como entrada. Gasparotto revela que o pagamento de entrada pelo terreno César Zílio efetuou um depósito de R$ 1 milhão e depois outro de R$ 300 mil numa conta do Bradesco. “Acredito que foi em dinheiro”, diz. Na sequência, a promotora Ana Bardusco cita vários cheques em nomes de diversas empresas que foram depositados na empresa Carisma, de Paulo Gasparotto. Ele confirma tratar-se de pagamentos pelo terreno, depois que o depósito na conta do Bradesco apresentou problemas.

Apesar de ter vendido o imóvel, Gasparotto revela que continua tendo problemas por não regularização por parte do comprador. "Esse imóvel esta criando problemas para minha empresaa, a Carisma, porque os débitos de IPTU junto à prefeitura de Cuiabá não foram quitados". 
 

Welington Sabino

Paulo Gasparotto, ex-presidente da CDL Cuiabá é interrogado sobre venda de terreno para Zílio

18h05 - Paulo Gasparotto é ouvido. Começa o depoimento do empresário Paulo Gasparotto, ex-presidente da CDL Cuiabá, atualmente presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso (FCDL). Também começa relatando a mesma versão do filho e sobrinho de Blairo Maggi, de que o terreno tinha 3 donos até ser vendido. Explica que um terreno era de propriedade da empresa Carisma Participações, de sua família. Ele também comenta que foi procurado pelo corretor Ricardo relatando que já tinha falado com Samuel Maggi que estava interessado em vender. "Ele (Ricardo) disse que só compraria se fosse toda a área", esclarece. 

17h58 - O advogado João Victor Gomes de Siqueira, defensor do réu Evandro Gustavo Pontes da Silva, questiona Samuel Maggi sobre o verdadeiro comprador do terreno. Ele reafirma que estava vendendo para a empresa Matrix por intermédio do arquiteto José da Costa Marques. Sobre cheques do empresário Evandro Pontes usados no pagamento do terreno, Samuel volta reafirmar que não lembra os nomes das empresas, cujos cheques foram depositados em sua conta. Termina o depoimento. 

17h40 - Recebimento em dinheiro e cheques. "A minha parte no terreno era 1/3. Eu recebi R$ 1,3 milhão pela venda", informa Samuel que diz não saber precisar exatamente o valor que ele recebeu em dinheiro. Quando o escândalo estourou na imprensa ele pediu ao banco para fazer um levantamento em sua conta e constatou que tinha recebido em cheques uma média de R$ 400 mil. O restante, segundo ele, foi pago em dinheiro. Ele esclarece que na época da negociação estava em viagem e deixou uma procuração para que seu primo André Maggi o representasse e assinasse os papéis sobre a venda do imóvel. Ele confirma que também foi ao escritório de Paulo Gasparotto para tratar do contrato. Porém, diz não se lembrar se o arquiteto José Costa Marques, intermediador do negócio, estava lá. 

17h35 - Samuel começa repetindo as mesmas informações já prestadas pelo primo André, de que eram 3 sócios até que decidiram vender mediante a proposta feita pelo corretor Ricardo França. "Fizemos um contrato muito bem amarrado", afirma. Depois ele relata alguns percalços que transcorreram desde o início da venda, até o término dos pagamentos e a dificuldade no final para passar a escritura. "Até que veio esse episódio que ficamos sabendo pela mídia", diz ele em referência à descoberta de que o verdadeiro comprador era César Zílio e utilizou dinheio de propina. Ele confirma aque recebeu pagamentos em cheques e também em dinheiro. 

17h30 - Termina o depoimento de André Maggi e Samuel Maggi Locks entra na sala de audiências para responder aos questionamentos do Ministério Público e advogados dos réus na ação penal. 

17h25 - Reunião no escritório de Paulo Gasparotto, ex-presidente da CDL. André é questionado pelo advogado Marcos Dantas, defensor do réu Marcel de Cursi e é questionado se o arquiteto José da Costa Marques participou de uma reunião com Paulo Gasparotto para tratar da compra e venda do terreno. Ele segue esclarecendo e informa que só participou de uma reunião com Costa Marques. "Paguei R$ 433 mil e vendi por R$ 1,333 milhão", revela André ainda falando sobre o terreno. Segue esclarecendo que o intermediador chegou até ele através de seu primo Samul Maggi Locks. André detalha que na reunião debateram sobre cláusulas contratuais, para determinar que enquanto o último pagamento não fosse efetuado, a posse do terreno não seria repassada para a empresa Matrix. 

17h20 - Reafirma que todo o contrato foi feito para a empresa Matrix. Esclarece que todas as cláusulas contratuais foram elaboradas para que a posse do imóvel e escritura fossem para a Matrix ao término dos pagamentos. 

17h16 - Negócio nada exorbitante em sem contato com César Zílio. André Maggi é questionado pelo advogado João Cunha, que defende o procurador Chico Lima. Explica sobre valores da transação imobiliária e relata como se deu a venda. "Eu era dono de um terço do terreno. Não era esse negócio exorbitante como colocam o valor do negócio", argumenta. Afirma ainda que nunca teve qualquer contato com o então secretário de Estado, César Zílio, o verdadeiro comprador "oculto" do terreno. 

17h10 - Tem políticos envolvidos. "Quem comprou o terreno foi a Matrix. Eu vi que tem pessoas, tem políticos envolvidos", diz André Maggi quando questionado pela promotora Ana Bardusco se atualmente ele, com base em matérias jornalísticas, já sabe quem são os verdadeiros compradores do imóvel de R$ 13 milhões.

17h- André Maggi não se preocupou com origem do dinheiro. "Recebi uma parte em dinheiro e outras partes através de depósitos bancários na minha conta", diz o empresário ao explicar que somente a entrada, de cerca de R$ 330 mil, que foi paga à vista. O dinheiro foi repassado pelo arquiteto Costa Marques em seu escritório. "Simplesmente fiz a venda, o contrato foi firmado e conclui que estava tudo bem", detalha ele ao confirmar que consultava o saldo e via que os depósitos estavam ocorrendo regularmente. "A origem do dinheiro nunca me preocupei", ressalta. Quando ocorreu um atraso no pagamento ele conta que acionou o corretor Ricardo França. "Ele dizia que estavam providenciando os pagamentos", diz o depoente. 

16h55- André Maggi confirma que era um dos sócios do terreno na Avenida Beira Rio e o vendeu para a empresa Matrix. Confirma que houve parcelamento e inclusive, chegou a ter atraso para receber alguns pagamentos. Explica que por questões contratuais, após o último pagamento o terreno seria entregue ao comprador. Mas ao final isso ficou dificil porque o comprador "sumia e nada de aparecer". Foi então que eles fizeram um termo de posse em nome da empresa Matrix do arquiteto José da Costa Marques. Ele relata que ninguém aparecia para receber a escritura. "Pelo que sei ela ainda continua escriturada para os antigos donos com a posse escriturada para eles", relata Maggi. Conta ainda que chegou a ter uma invasão no terreno, mas isso foi resolvido logo em seguida. 

16h50- Filho de Blairo Maggi é ouvido. Após um intervalo de 15 minutos, a juíza Selma Rosane começa a ouvir o empresário André Souza Maggi, filho de Blairo Maggi (PP), ex-governador de Mato Grosso e senador licenciado para execer o cargo de ministro da Agricultura no governo interino de Michel Temer (PMDB). 

16h31 - Sigilo sobre a identidade de Zílio como comprador. Finanalizando seu depoimento, o arquiteto José Costa Marques confirma que manteve em sigilo até do corretor Ricardo de Oliveira França, a informação de que o verdadeiro comprador do terreno era o então secretário de Estado, César Roberto Zílio. Termina o depoimento do delator. 

16h08 - Atritos entre advogados e delator. Os questionamentos feitos ao arquiteto continuam sendo sobre o contexto em que ele aceitou fazer delação premiada junto ao Ministério Público. Os advogados de Silval Barbosa insistem na tese querendo esclarecimentos. A promotora Ana Cristina Bardusco intervém e os questiona sobre a finalidade das perguntas. O clima fica tenso e a juíza Selma Rosane intervém. Passa a vez para a defesa de Chico Lima fazer perguntas ao delator. 

15h44 - Advogados de Silval pressionam delator para explicar motivos de delação - Ulisses Rabaneda e Valber Melo querem saber detalhes sobre o acordo de delação premiada assinado por ele em abril de 2015 depois que já havia relatado toda sua versão dos fatos, entregado documentos e tinha afirmado na imprensa que não havia cometido qualquer crime e por isso não faria acordo de delação.

Costa Marques argumenta que advogado está fazendo perguntas técnicas que ele não sabe distinguir, juridicamente falando. “Assinei porque depois que o César fez o depoimento dele aconteceram fatos jurídicos que não sei explicar e deu inicio a isso que você está falando. Mudou minha figura dentro desse processo, mas o fato em si eu não saberia explicar”, responde.

Explica que foi chamado após a acareação realizada entre ele e César Zílio. “Depois desse depoimento eu assinei esse contrato (de delação premiada), se você olhar a data da assinatura e da acareação vai ver que foram na mesma época”. Explica que a proposta de delação surgiu dentro do MPE porque Zilio começou a entrar em contradição e negar coisas que já tinha dito. “Meu advogado achou que seria melhor porque o César começou a por em xeque tudo o que eu tinha falado”. Ele nega ter acesso ao depoimento prestado por César Zílio no acordo de delação premiada.

15h36 - Ulisses Rabaneda, um dos advogados de Silval Barbosa relembra de um depoimento pretado pelo arquiteto em 2015 e o questiona sobre o teor, o porquê ele foi chamado novamente. Foi no dia 9 de dezembro. Costa Marques esclarece que foi chamado para retificar algumas informações e sanar algumas dúvidas que ficaram. Detalha que à época relatou aos delegados da Delegacia Fazendária (Defaz) os mesmos fatos que está relatando agora. Lembra que levou documentos e cópias de cheques. Ele também é questionado pelo advogado sobre entrevistas que concedeu para alguns sites de notícias e negou ter sido usado como "laranja" no esquema e também afirmou que não era delator porque não tinha praticado qualquer crime e não era um "bandido". Ele confirma o teor das entrevistas.

15h30 - O arquiteto delator segue respondendo questionamentos dos advogados de alguns réus. Explica novamente sobre a transação, sobre sua ligação com César Zílio, pois fez o projeto de construção de sua casa, avaliada hoje em cerca de R$ 5 milhões, e continua afirmando não conhecer os demais denunciados e réus no processo. Volta a reafirmar que não sabia se tratar de dinheiro ilícito usado por Zílio para pagar o terreno. 

14h48 - O advogado João Cunha, que defende o procurador aposentado Francisco Andrade de Lima Filhho, o Chico Lima, também réu na ação penal, faz questionamentos ao engenheiro. Quer saber sobre o método de se utilizar cheques de terceiros em negócios, quer saber se era uma prática usual. O engenheiro explica que não pois várias parcelas também foram pagas através de boletos bancários. Costa Marques volta a dizer que não recebeu qualquer pagamento para emprestar seu nome e sua empresa figurassem como  compradores do terreno antes da transferência para o nome de Antelmo Zílio. Garante que seu pagamento seria em lojas depois que fosse construído um imóvel no espaço. A área em questão possuía 32 mil metros quadrados e pertencia a 3 donos (André e Samuel Maggi e também Gustavo Michesl Bongiolo).

14h45 - Negócio irregular. "Hoje tenho consciência que foi um negócio totalmente irregular. Até porque tem ai noticias divulgadas dando detalhes de tudo isso". O delator confirma que o valor pago pelo imóvel foi de R$ 13 milhões. "Quero reforçar que sou arquiteto e trabalho no mercado há 30 anos, sou uma pessoa boa não tem nada que pesa contra minha pessoa. Mas achei que estava fazendo um negócio legal. Pra mim era tudo normal e por eu confiar no seo César Zilio, tinha uma relação com ele, conhecia sua família. Jamais eu poderia imaginar que estava entrando num negócio dessa natureza", defende-se o depoente.

Ele garante que não conhece pessoalmente o ex-governador Silval Barbosa e nem o ex-secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, réus no processo. Garante que só conhece os ex-gestores da imprensa. A promotora Ana Cristina Bardusco ressalta que cheques de Pedro Nadaf também foram usados no pagamento do terreno. Com exceção de César Zílio, ele afirma desconhecer os demais réus. 

14h40 - Arquiteto-delator receberia parte do pagamento em lojas. José da Costa Marques revela que como parte do pagamento de Zílio, ele receberia 15% em lojas, pois futuramente no local seria construída uma galeria comercial. Informa que não tem contrato porque tinha uma relação tranquila com César Zílio e naquele momento eles estavam numa fase de “prospecção de negócios”. Ele prestou 3 depoimentos para a Polícia Civil para explicar sobre suas suspeitas de irregularidades envolvendo a transação comercial, a qual foi o intermediador.

14h25 - Pagamento de R$ 3 milhões em espécie. Arquiteto José da Costa Marques revela que chegou a receber de Zílio um total R$ 3 milhões em espécie como uma das parcelas de pagamento do imóvel que ele intermediou a compra. "Ele foi sozinho ao meu escritório. O dinheiro, os R$ 3 milhões, estava numa caixa. Eu não tinha motivo nenhum pra suspeitar do seu César, eu construí a casa dele. Era bom pai de família, apresentava boa relação com a esposa, com os filhos, não suspeitei que fosse qualquer dinheiro ilícito, pois era venda de gado. Já estava acordado que os valores eram provenientes de venda de gado". Depois disso, ele explica que o dinheiro foi dividido entre os vendedores. 

14h20 - Cheques da Consignum de Willians Mischur. No pagamento do terreno, segundo a promotora Ana Bardusco, foram utilizados 35 cheques da empresa Consignum. O delator não confirma o total, mas garante ter cópias de todos os cheques. "Todos foram repassados pelo Zílio", garante ele. Diversos cheques de outras empresas também foram utilizados no pagamento do terreno. A promotora vai citando os nomes de várias empresas cujos cheques foram usados para pagar o imóvel de R$ 13 milhões. Os donos dessas outras empresas também são réus na ação penal. Inicialmente o pagamento deveria ser feito em 3 parcelas, mas que ao final, foi fracionado em diversas outras parcelas, informa a testemunha. 

14h12 - Zílio pediu a arquiteto para destruir contrato. "Ele (César Zílio) pediu pra eu destruir o contrato com o nome do pai dele e todos os documentos. Eu não destruí, não achei certo isso. Eu disse pra ele que destruiria esse contrato, mas não destruí", revela o delator. O contrato em questão é o documento que constava o nome do falecido pai de Zílio como comprador do imóvel. Até o pagamento final do contrato, Zílio manteve o discurso de que o dinheiro usado para pagar o terreno era proveniente de venda de gado. O ex-secretário nunca contou a verdade, nunca disse que era dinheiro de propina, garante o arquiteto-delator. 

arquiteto - Transação envolvendo terreno de R$ 13 milhões teve 3 contratos. O delator diz que a compra do terreno ocorreu em 2012 e depois foi feito um contrato em nome de Antelmo Zílio ( que já havia falecido), que era pai de César Zílio. O arquiteto esclarece que foram firmados 3 contratos envolvendo a compra e venda do terreno que antes pertenciam ao filho e ao sobrinho de Blairo Maggi. Ele explica que o segundo contrato foi feito com um valor diferente, inclusive, para abatimento de impostos. Esse segundo contrato, segundo ele, foi elaborado a próprio punho. Depois deu o documento para ser assinado. Informa que nunca teve contato com o pai de César Zílio. "O César que fez esse contato, eu entreguei pra ele, pois já tinha os dados do primeiro contrato", revela ele.

O terceiro contrato, segundo o delator, elaborado por Zílio, consta que o pai do então secretário não teria aporte financeiro para fazer a compra do imóvel. Neste momento, Zílio colocou no contrato o empresário Willians Paulo Mischur, dono da empresa Consignum, que pagava propina ao grupo criminoso de Silval Barbosa. O contrato foi feito em 2015, "Uma semana antes de eu vir prestar o depoimento", destaca. "A data do contrato está constando julho de 2012, mas não confirmo essa data.Isso ocorreu no final de 2015", garante o arquiteto. 

13h58 - Ele confirma que intermediou o negócio, recebeu os pagamentos feitos por Zílio e repassou aos vendedores. Garante que não teve qualquer lucro, pois fazia um procedimento normal porque depois ele elaboraria o projeto arquitetônico. No contrato de compra e venda ele emprestou o nome para constar como o "comprador". Posteriormente, ele faria outro contrato com César Zílio para "vender" o imóvel ao ex-secretário titular da antiga Secretaria Estadual de Administração (SAD). "Ao final dos pagamentos o verdadeiro comprador iria escriturar a área no momento certo", relata ele.

13h50 - O arquiteto e delator José da Costa Marques, dono da empresa Matrix Sat Rastreamento de Veículos, é o primeiro a prestar depoimento. Ele é questionado pela promotora de Justiça, Ana Cristina Bardusco sobre a operação envolvendo o imóvel adquirido por César Zílio ao custo de R$ 13 milhões. Ele começa falando que foi procurado por Zílio para elaborar um projeto de um imóvel. Ele então tratou de ajudar a encontrar o imóvel. Detalha que os vendedores não sabiam quem era o comprador, isso seria uma prática de mercado. 

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