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19.02.2018 | 09h48

Pedro Henry é acusado de intermediar propina no Detran

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Atualizada às 10h07 - O ex-deputado federal Pedro Henry é um dos alvos da operação Bereré (palavra que é sinônimo de propina), deflagrada na manhã desta segunda-feira (19) pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), que apura esquema criminoso praticado no âmbito do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Veja fac-símile no final da matéria.

Marcus Vaillant

Ex-deputado federal Pedro Henry

Em agosto do ano passado, o Gazeta Digital noticiou que Pedro Henry é um dos delatados do empresário Antônio Barbosa, irmão do ex-governador Silval Barbosa. Ele contou ao Ministério Público Federal (MPF) que em meados de 2010, foi procurado por um representante do então parlamentar.

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Segundo o delator, o representante de Henry lhe perguntou se tinha conhecimento sobre a propina da FDL Serviços de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação de Documentos Ltda, empresa que prestava serviço de gravame ao Detran.

Consta nos autos que, posteriormente, Antônio Barbosa se reuniu pessoalmente com Pedro Henry, que teria lhe explicado o esquema da empresa, que é oriunda de Brasília, cidade onde vivia o parlamentar, já que era deputado federal. O dinheiro era repassado através de uma empresa em Cuiabá e por meio de “laranjas” dos políticos beneficiados.

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Nesse caso, são suspeitos os deputados estaduais Mauro Savi e Eduardo Botelho (ambos do PSB), que também foram delatados por Silval Barbosa, Antônio Barbosa e pelo ex-chefe de gabinete do governo Sílvio César Corrêa Araújo e que também são alvos da operação Bereré.

Gazeta Digital

Deputados Mauro Savi e Eduardo Botelho

Antônio Barbosa relatou ao MPF que após conversar com o irmão governador, passou a fazer parte do esquema ilícito, que previa propina de cerca de R$ 1 milhão. No primeiro mês, ele afirma ter recebido R$ 100 mil. No mês seguinte, ele indicou outra pessoa para receber os valores em nome de Silval.

A partir daí, os valores foram reduzidos para R$ 80 mil por mês, conforme o delator. Segundo o ex-governador, parte do recurso ilícito foi utilizado para comprar uma fazenda do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) Antônio Joaquim.

Ainda no ano passado, tais delações feitas ao MPF foram desmembradas e encaminhadas ao Ministério Público Estadual (MPE), que passou a investigar os casos relativos a autoridades com foro privilegiado a nível estadual por meio do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco). Conforme o Gazeta Digital divulgou, em dezembro do ano passado o promotor de Justiça Clóvis de Almeida Júnior instaurou inquérito civil público sobre o caso, que culminou com a operação desta segunda-feira.

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Outro lado

O Gazeta Digital tentou contato com o ex-deputado federal Pedro Henry, por meio de telefonema e mensagem, mas sem sucesso.

Os deputados estaduais Mauro Savi e Eduardo Botelho e o Departamento Estadual de Trânsito ainda não se manifestaram sobre o caso. Conforme as respectivas assessorias de imprensa, os posicionamentos públicos serão feitos no período da tarde.  

A reportagem não conseguiu contato com a empresa FDL Serviços de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação de Documentos Ltda. O advogado Vinicius Segatto, que acompanha a operação em nome da empresa, não quis gravar entrevista alegando que ainda irá tomar conhecimento da decisão que determinou as buscas e apreensões. 

Reprodução

 

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