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Política de MT - A | + A

06.08.2018 | 14h11

Após perder disputa pela majoritária, Edna Sampaio disputará vaga na Câmara

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O diretório nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) rejeitou recurso impetrado pela professora da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Edna Sampaio, que tentou de todas as formas impedir a aliança entre seu partido e senador Wellington Fagundes (PR), candidato ao governo do Estado, para lançar candidatura majoritária própria. A decisão foi tomada na noite de domingo (5).

Paralelamente ao pedido contra a coligação, Edna também impetrou recurso para que a Executiva Nacional analisasse seu pedido de revogação da decisão do Diretório Estadual, que aprovou apenas a candidatura da professora Rosa Neide Sandes para disputar o cargo de deputada federal. Foram realizadas 3 votações que terminaram em empate , somente na 4ª rodada da votação, é que por 10 a 9, o partido autorizou que o diretório estadual inclua o nome de Edna na lista de candidatos à Câmara federal.

Reprodução/Facebook

Edna Sampaio

Segundo a petista, a ata com os nomes dos candidatos do partido, incluindo o dela, deve ser registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT) na tarde desta segunda-feira (6).

Ao Gazeta Digital, a professora explica que sua candidatura não é contra a de Rosa Neide, a quem afirma respeitar a trajetória política e desejar sucesso na campanha. “O que pretendemos com a nossa candidatura é poder expressar nossa perspectiva do palanque pra Lula, da autenticidade da militância na defesa da candidatura de Lula, pela liberdade de Lula numa candidatura que nos fosse própria. Isso não é um movimento contra a candidatura da professora Rosa Neide de jeito algum. Nos somamos a ela no fortalecimento do palanque de Lula no Estado”, afirmou.

Questionada sobre a situação em que fica a partir de agora, tendo que fazer campanha juntamente com Wellington Fagundes, a quem ela combateu até este domingo, Edna Sampaio afirmou que é preciso ter compreensão das regras que o sistema jurídico impõe à política partidária brasileira.

“Nós compreendemos que a política precisa ser constituída com esses limites da nossa atuação, dos nossos desejos. Nós não desejávamos isso, mas a direção do partido entendeu que era por aí e não é isso que vai nos fazer recuar da nossa luta em defesa de Lula e do projeto que Lula representa pro Brasil. A partir de agora nós estamos todos os petistas unidos na defesa da candidatura do presidente Lula”, disse.

Veja abaixo a nota divulgada por Edna Sampaio

Nota de uma resistência militante de vozes que não se silenciam! De Edna Sampaio.

Minhas amigas e meus amigos.

Lutamos com todos os recursos que tivemos por uma candidatura própria do PT. Nos colocamos com a coragem de quem compreende a convocatória deste momento histórico, a responsabilidade que precisamos ter com os trabalhadores e trabalhadoras de nosso país e de nosso estado. Nos apresentamos com o firme propósito de defender a Democracia, pela liberdade de Lula, pelo seu direito de ser candidato e de ser Presidente do Brasil.

Lutamos para que o PT pudesse protagonizar a alternativa política, na defesa de um projeto de desenvolvimento justo, solidário, democrático e popular para Mato Grosso. Fomos vencidos! Vencidos na Executiva Estadual que, embora dividida, obteve a maioria dos votos para interditar nosso projeto de candidatura própria. Foram 7 votos contra 9.

Não nos resignamos. Era preciso respeitar os que acreditaram em nosso projeto, as esperanças fecundadas, os corações já cansados e as vozes roucas de gritar nas ruas o que o corpo sente: o bolso vazio, o desemprego galopante, a terra sem gente e gente sem terra, a destruição de direitos, o golpe, o açoite. Apresentamos recurso contra a aliança junto à Executiva Nacional.

Para os companheiros e companheiras do coletivo da candidatura própria, além de recorrer contra a decisão da aliança, era necessário que nos colocássemos para a candidatura a Deputada Federal, uma vez que o recurso poderia não ser acolhido pela Executiva Nacional e, é importante participar das eleições, como estratégia de resistência ao golpe, defesa da Democracia, da liberdade e da candidatura de Lula. Continuar a luta no processo eleitoral, não recuar. Entretanto, a Executiva Estadual, impôs a exclusão do meu nome, sob o argumento de que o PT poderia ter apenas um nome na chapa de federal. Uma tentativa de banimento político, uma regressão democrática inaceitável. Apresentamos o segundo recurso à Executiva Nacional.

Em votação no final do dia de ontem, a Executiva Nacional não deu provimento ao recurso contra a aliança e perdemos por 8 votos a 9. Esgotamos a possibilidade de luta pela candidatura própria, lamentavelmente. Solicitamos, então, a apreciação do recurso contra a exclusão do meu nome da chapada de Federal. Não foi fácil a aprovação. O recurso foi votado 04 vezes e, em 03 das votações houve empate. O impasse se instalou na reunião da Executiva Nacional. Mato Grosso pautou a reunião durante toda tarde e noite do domingo e, apenas às 22:37h, depois da discussão do recurso do PT de Rondônia é que houve a última votação e, finalmente, nosso recurso foi aprovado por 10 votos a 9, determinando à Executiva Estadual a inclusão do meu nome na lista como candidata a deputada federal.

Foi uma longa batalha contra nossa interdição, contamos com o apoio de lideranças nacionais dos movimentos sociais (CUT, MST, da educação), mobilizados pelos companheiros desses movimentos em Mato Grosso. Além disso, mobilizamos membros da direção nacional para revertermos a violência imposta a nós em Mato Grosso, perpetrada por quem tem poder. A batalha foi travada entre Cuiabá e São Paulo durante todo dia. Algo de extraordinário aconteceu: rompemos o silêncio e o rolo compressor imposto pela maioria da executiva estadual que queria silenciar as vozes dos que defendiam candidatura própria. Nunca antes a militância, desprovida de poder de mandatos conseguiu tal feito.

Por que ser candidata numa aliança contra a qual combatemos fortemente? Porque apesar de sermos obrigados a aceitar a decisão das instâncias do partido, não é razoável abandonar a luta, mesmo nas condições impostas.

Não é razoável aceitar o silenciamento imposto. Lula precisa de nós nestas eleições, precisa de um palanque, de uma defesa da militância e de espaço para essa defesa, precisará também de uma bancada de deputados e deputadas federais comprometidos/as com os interesses dos trabalhadores e das trabalhadoras para que possa governar.

Nossa candidatura a federal é resultado da luta que travamos, uma luta muito desigual e, a fizemos porque Lula precisa voltar a governar o Brasil para por fim ao golpe. Fomos, impedidos de lutar com candidatura própria ao Governo de MT, não poderíamos aceitar que também fossemos impedidos de ser a candidatura Federal do Lula em Mato Grosso.

Assim, sou candidata a Deputada Federal, por determinação da Executiva Nacional, não como prêmio de consolação ou concessão da Executiva Estadual.

Essa candidatura representa a resistência e luta contra o silenciamento que tentaram nos impor. Acatamos a decisão do PT mas, mesmo nesta contradição e constrangimento que a política nos impõe, deixar de ocupar os espaços é entregar nossa luta a quem não irá fazê-la.

Sou candidata sim, para aqueles que queiram uma alternativa combativa, em favor dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, representando os movimentos sociais e sindicais, do povo que se transforma em vozes de Lula em Mato Grosso. Sou candidata para compor a bancada de federais do Lula e, ajudar a construir uma frente progressista, de esquerda no Congresso Nacional, contra a destruição de nossos direitos e, em favor da Democracia e da Justiça Social Meu compromisso é com a luta contra o golpe, com o povo trabalhador, com o PT e com Lula, SOU 13!!

Edna Luzia Almeida Sampaio

Pré-Candidata a Deputada Federal/PT

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