15.06.2016 | 17h19
O preço do feijão, que já está custando até R$ 12 em alguns supermercados de Cuiabá, está afetando principalmente os pobres, apesar de todo brasileiro ser adepto do grão, que está a “peso de ouro” em todo o país.
É o que diz o professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Benedito Dias Pereira.
Segundo ele, a redução do produto no mercado se deve às condições climáticas. O frio e as chuvas excessivas afetaram a produção. Mas ele também destaca que a agricultura familiar é que assegura este alimento nas prateleiras dos mercados, no entanto, na visão do professor, recebe pouco apoio do Governo para isso.
“Eu não vejo o Estado apoiar a produção do feijão, como faz com a soja e o algodão, por exemplo, que tem incentivos fiscais e estão protegidas pela Lei Kandir”, critica o economista.
Para controlar o preço do feijão, Pereira diz que o Governo poderia vender estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Acontece que não há limite no estoque para isso”, descarta o professor.
Segundo ele, esta não é questão deste ou daquele Governo, porque tem sido assim historicamente no Brasil.
Neste contexto, sem previsão de baixa do preço do feijão, o professor ressalta a classe média e os ricos têm como substituir um grão por outros, que não são acessíveis aos pobres.
De acordo com o IBGE, o preço do feijão subiu 33,49% este ano até maio e 41,62% em 12 meses.
Com a população evitando pagar preços que giram em torno dos R$ 10 o saco de 1 quilo, a rede de supermercados Atacadão fez uma promoção em uma loja no Nordeste e os clientes “limparam” as gôndolas rapidamente, por R$ 4,60 o pacote.
Procurado pelo Gazeta Digital, o Atacadão disse que não pode afirmar se esta promoção vai ocorrer também em Mato Grosso, por uma questão de estratégia comercial.
Confira o vídeo.
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Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
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laura - 16/06/2016
sua matéria foi espetacular, pobre
Laura - 16/06/2016
Keka Werneck, repórter do GD Não seria melhor pronunciar consumidor do que POBRE. só pobre que come feijão???
2 comentários