25.01.2016 | 00h00
A primeira revolução industrial foi caracterizada pelo advento da máquina a vapor, a segunda pela aplicação da eletricidade e criação da linha de montagem, a terceira pela introdução da eletrônica e da tecnologia da informação. Agora estamos diante da quarta revolução industrial, ou "indústria 4.0", a era da inteligência artificial, dos robôs, da impressão 3D, da internet das coisas, e, sobretudo, da nanotecnologia.
Com a quarta revolução industrial toda sorte de objetos, de torradeiras a automóveis, serão conectados à internete conversarão entre si para resolver nossos problemas do dia-a-dia. No plano industrial ocorrerá a integração entre máquinas inteligentes e mão de obra humana, que não apenas ampliará e eficiência produtiva mas possibilitará que as empresas manufaturem produtos personalizados para cada consumidor, resultando na customização em larga escala.
As transformações originadas pela nanotecnologia são ainda mais surpreendentes. Criando objetos a partir do controle em nível atômico, isto é, colocando cada átomo e cada molécula no lugar desejado, a nanotecnologia revolucionará a química, a física e a medicina. Em breve será lançado no mercado um apetrecho que torna o celular um verdadeiro laboratório de análises clínicas, realizando mais de 50 exames a uma fração do custo atual. Além disso, a nanotecnologia já é muito utilizada para criar remédios, afinal, trabalhar com componentes químicos de tamanho tão pequeno, exige uma tecnologia minúscula o suficiente.
Não obstante os formidáveis avanços científicos deste admirável mundo novo a quarta revolução industrial, em cinco anos, resultará na supressão de 5 milhões de empregos nas maiores economias mundiais, entre estas o Brasil, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial divulgado na segunda-feira, 18 de janeiro.
A indústria 4.0 transformará a economia mediante a combinação de diversos fenômenos já existentes, como a digitalização, a impressão em 3D, a internet das coisas e o Big Data. Para os organizadores do Fórum Econômico Mundial esses fenômenos provocarão grandes perturbações não só nos modelos empresariais como também no mercado de trabalho durante os próximos cinco anos. Assim como a generalização da máquina a vapor, das redes de montagem e, posteriormente, da eletrônica transformou radicalmente os processos produtivos e os mercados de trabalho, a quarta revolução industrial terá impacto similar, tornando redundantes muitos postos de trabalho hoje ainda existentes.
Estamos ingressando na era da inteligência, na qual todos os objetos se comunicarão constantemente. Essa transformação tornará alguns empregos supérfluos e desnecessários, mas ao mesmo tempo abrirá a oportunidade para outro grande conjunto de atividades nas áreas da computação, engenharia e matemática. Estado, empresas e famílias devem estar conscientes sobre esta revolução global e gerenciá-la de maneira a contribuir para a formação de uma geração de trabalhadores competentes e alinhados com as tendências do futuro.
Daniel Almeida de Macedo é Mestre em Direito Internacional pela Universidade do Chile e pesquisador na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
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