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02.09.2009 | 03h00

A dívida externa do Brasil é histórica

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A excessiva valorização do dólar, os juros exorbitantes, a necessidade do crescimento da economia brasileira ocorre concomitantemente à elevação da dívida externa, num país que ainda não era competitivo internacionalmente no comércio internacional, pois a agricultura, pecuária e parque industrial eram à época bastante rudimentar aliado à crise do petróleo e uma inflação descontrolada, fizeram que o Brasil patinasse por muito tempo na estrada do subdesenvolvimento. O maior trunfo de governantes da época era se endividar cada vez mais, principalmente no final da década de sessenta, setenta e oitenta, ao contrário do que faz o bom governo Lula.

Os problemas de inflação e aumento da dívida do país foram agravados em meados da década de oitenta. José Sarney (que hoje se encontra envolvido em corrupção) toma posse no governo tendo em vista o falecimento inesperado de Tancredo Neves. Sarney foi um desastre para o país, recebeu do bom governo militar uma dívida de 100 bilhões de dólares e uma inflação de 230% ao ano, quando deixou o governo entregou-nos como herança uma hiperinflação de 2.751% ao ano. No fracassado governo Sarney tivemos nada mais, nada menos do que quatro planos econômicos que só serviram para piorar a situação do país. A situação do Brasil só começou a tomar o rumo da estabilidade econômica a partir do dia 1º de julho de 1994, com o Plano Real do governo Itamar Franco. A inflação baixou de quase 50% no mês de junho a 4% em julho e o ano de 1994 terminou com uma inflação semestral de 20%. Fatos estes que dariam condições para o futuro presidente eleito, que tomou posse em janeiro de 1995 - Fernando Henrique Cardoso -, fazer um bom governo. O sociólogo foi outra decepção para o país, mesmo assim o pobre eleitorado brasileiro o reelegeu para mais um mandato em 1998. O governo de FHC caracterizou pelas inomináveis privatizações, com papéis podres, priorizando interesses privados nacionais e internacionais, corrupção com compra de votos para a reeleição, agravou-se o desemprego, a desigualdade social aumentou, aumento da dívida externa, impedindo a retomada do crescimento iniciada no governo militar.

O governo militar só contribuiu com o aumento da dívida devido às duas crises do petróleo ocorridas em 1973 e 1979, pois o preço do barril do petróleo triplicou de preço nesse período e o Brasil dependia da importação desse produto em quase 90% do consumo doméstico. Só no governo Lula é que nos tornamos auto-suficiente desse combustível fóssil. Com essa crise os países desenvolvidos aproveitando-se da grande liquidez de capital e a crise dos países periféricos, inclusive o Brasil, ofereciam uma vasta gama de empréstimos a juros flutuantes. É de se ressaltar que na década de oitenta até o fim do governo FHC o Brasil recorria-se aos empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI), condicionando o nosso país a geração de superávit com políticas de arrocho salarial. Ao apagar das luzes do seu governo FHC contraiu um novo empréstimo de 30 bilhões de dólares, junto ao FMI. O governo de FHC, ao lado de Collor e Sarney, foi desastroso. Em 2003, deixa o governo o PhD FHC, de triste memória, e assume o ex-metalúrgico Lula, sem dúvidas o melhor presidente de todos os tempos, muito embora tenham alguns protótipos de "cientista político", verdadeiros energúmenos do tucanato, chamando o Lula de "fantasiado de presidente". São os fanáticos, ignorantes e deserdados de bons princípios, de direita, estes sim, são fantasiados de articulistas e/ou cientistas políticos. Oras bolas!

O Lula estabilizou a economia do Brasil, sem recorrer uma única vez a empréstimos internacionais. Encerrou as transações com o FMI e passou a partir de então de devedor para credor externo, pois o valor dos ativos brasileiro aplicados no exterior supera o valor da dívida externa pública e privada. Fato que faz com que o Brasil se encontre blindado à crise dos países ricos. O Brasil nunca esteve tão bem. Esperemos que o eleitorado não prejudique o país, elegendo o Zé Serra em 2010.

João da Costa Vital é contador, pedagogo, jornalista e analista político. Escreve em A Gazeta às quartas-feiras. E-mail: joaocvital@pop.com.br

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