29.10.2015 | 01h00
Chega a causar indignação saber que os jovens brasileiros que se dão ao luxo de serem chamados de baladeiros, continuam tendo comportamento de risco depois de ingerirem álcool nas baladas. Não importa se não é novidade. Talvez a novidade seja a nova prática, o "binge drinking", que traduzido conceitualmente significa tomar quatro ou cinco doses de álcool no menor espaço de horas possível. A afirmação vem de uma pesquisa realizada pelo Departamento de Medicina Preventiva da Escola de Médica da Universidade Federal de São Paulo ( EPM/Unifesp).
Não dá pra acreditar que com toda informação que circula livremente não só na mídia ou nas redes sociais, onde esses jovens que segundo a pesquisa estão entre 18 e 24 anos, não se sensibilizem e continuem colocando não só a vida deles em risco, mas a de outras pessoas também, já que nesse estado foi constatado, que o "binge drinking" aumentou em 2,54 vezes o uso de drogas ilícitas nos homens após o álcool e 5,8 vezes o risco de um novo episódio de uso de álcool entre as mulheres que beberam.
E quando se fala em drogas ilícitas leia-se nas respostas dos entrevistados, maconha ou haxixe, cocaína, ecstasy, inalantes, anfetaminas, benzodiazepínicos e alucinógenos, como o LSD, entre outras. Sem contar outro risco, o comportamento sexual, como sexo sem preservativo, consensual ou não, com um ou mais parceiros, conhecidos ou não.
E mais, 27,9% dos rapazes e 20,4% das moças perdem a noção do perigo após saírem das baladas alcoolizados. E aí, os resultados acabam aumentando tragicamente outros índices como os que somam os atropelamentos de inocentes vítimas de jovens embriagados, como aconteceu em São Paulo este mês quando uma jovem de 28 anos, completamente embriagada atropelou dois operários no momento em que eles pintavam uma ciclofaixa. Os dois morreram e um deles, tinha apenas 38 anos, era casado e pai de quatro filhos, a mais velha com nove anos e a mais nova um ano e oito meses. Desnorteada a moça ainda tentou fugir do local!
A situação não é nova - todo mundo sabe disso - e se arrasta por muitas décadas, só que a cada dia se agrava mais. As políticas públicas que deveriam ser eficientes, quando conseguem sair do papel se mostram fracas, os pais há muito parecem ter perdido o controle sobre os filhos e a rua com seu canto de sereia faz cada vez mais vítimas. Até quando? Até a próxima internação? Até o próximo velório? De quem?
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