30.10.2015 | 00h00
As crises política e econômica enfrentadas pelo Brasil este ano estão cada vez mais explícitas e com reflexos sombrios sobre a população a cada estudo divulgado. Nesta quinta-feira (29) foi a vez de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), que revelou mais um mês em que o desemprego avançou no país.
Segundo os números, a população desocupada cresceu 7,9% no trimestre compreendido entre junho e agosto, atingindo 8,8 milhões de pessoas. Na comparação com a quantidade registrada no mesmo período de 2014, quando 6,8 milhões de pessoas estavam sem ocupação, o incremento chega a 29,6%.
Com esses números, o IBGE calculou que a taxa de desocupação no país atingiu 8,7% em agosto, o maior índice da série histórica, iniciada em 2012. Por outro lado, no trimestre terminado em agosto, a população ocupada se manteve estável, ficando em 92,1 milhões de brasileiros.
Os dados revelados pelo instituto não são nada novos quando relacionados ao dia a dia de milhares de brasileiros que estão em busca de emprego por causa da recessão econômica. Juros elevados, inflação fora do controle, crédito restrito e retração no consumo desenham um cenário nada favorável para os investidores. Em consequência disso, as empresas dos mais diferentes ramos como comércio, agronegócio e, sobretudo as indústrias, passaram a demitir funcionários para conter a elevação dos custos.
O país que até o ano passado comemorava o "pleno emprego" e altas taxas de consumo, agora vive uma situação amarga. Empresários se veem de mãos atadas: ou demitem ou fecham as portas. Vale lembrar que, a base comparativa do ano passado coincide com a realização da Copa do Mundo no Brasil, quando muitas pessoas ainda estavam trabalhando em diversos setores para receber os turistas.
Muitos empresários contraíram empréstimos para construir ou reformar o seu estabelecimento para o evento esportivo. Chefes de família que aproveitaram o boom da construção civil e as condições do mercado para comprar a casa própria, e agora se veem desempregados, sem condições de manter o padrão de vida conquistado nos 3 últimos anos, quando o Brasil crescia. Situações que agora assombram a vida de milhares de famílias brasileiras que não veem a hora de o governo tomar medidas drásticas para retomar o crescimento. A consequência de tanta corrupção no país tem penalizado apenas os trabalhadores, que têm que economizar até os últimos centavos para chegar ao fim do mês, enquanto políticos e empresários enriquecem e guardam milhões de dólares nos bancos suíços. Onde está a justiça social?
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