25.11.2013 | 12h38
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O juiz federal Julier Sebastião da Silva e o presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran), Gian Castrillon são 2 dos novos alvos da Polícia Federal. Nesta segunda-feira (25), agentes cumpriram 7 mandados de prisão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Gabinetes de Julier e Castrillon e a residência deles foram locais em que a PF esteve para recolher documentos.
Segundo a PF, os mandados foram expedidos em decorrência das investigações iniciadas com a operação “Ararath”, que apura crimes contra o sistema financeiro. Embora a Polícia Federal não tenha divulgado nenhum nome, uma vez que o processo corre em segredo de justiça, a reportagem apurou que o magistrado investigado é Julier.
O fato dele possuir foro privilegiado, ainda de acordo com a PF, fez com que o processo fosse remetido ao TRF-1. A reportagem tentou entrar em contato com o juiz, mas ele não atendeu aos telefonemas.
Castrillon negou qualquer participação com a quadrilha já identificada pela PF. Ele confirmou que recebeu os agentes. Interceptações telefônicas e diligências policiais sustentam que ele teria movimentado dinheiro sem a comprovação de origem e que tais valores foram usados para custear passagens ao magistrado. “Assim como demanda resposta, que influência – em natureza grau e reciprocidade – o magistrado tem junto ao órgão”.
Chico Ferreira![]() |
O presidente do Detran afirmou que jamais movimentou qualquer quantia financeira que não fosse o seu salário, e que, embora possua 5 veículos em seu nome, mantém apenas 2, um deles financiado. “Tenho duas contas bancárias, uma desativada e outra em que recebo meu salário. Mostro meus extratos no momento em que for necessário”.
Ele ainda negou qualquer vínculo com Julier ou outro magistrado. “Não sei qual é o magistrado citado no mandado que recebi, mas posso afirmar que desde que assumi o Detran jamais atendi algum juiz ou desembargador, estadual ou federal, em meu gabinete”.
Na casa de Castrillon, os policiais recolheram um notebook e algumas agendas. “Aqui no meu gabinete nada foi levado, eles vieram, olharam e saíram.”
No último dia 12, a PF cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Cuiabá, Várzea Grande e Nova Mutum. Segundo a assessoria da PF, o grupo investigado utilizava-se de empresas de factoring como fachada para concessão de empréstimos a juros a diversas pessoas físicas e jurídicas no Estado. Eles tinham como base operacional a empresa Globo Fomento Mecantil, localizada em Várzea Grande, que oficialmente encerrou suas atividades em 2012.
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