valor máximo 14.02.2019 | 09h15

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Assessoria-Politec
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) autuou a Companhia energética de Sinop em R$ 50 milhões por causar poluição pelo lançamento de sedimentos aprisionados na bacia de dissipação da Usina Hidrelétrica Sinop no Rio Teles Pires, quando da abertura das comportas, provocou a morte superior a 13 toneladas de peixes de diversas espécies.
Leia também - Manobra irregular de usina causou a mortandade de 13 toneladas de peixes
Para aplicação da multa em seu patamar máximo, a equipe levou em consideração a gravidade dos fatos, uma vez que o rio Teles Pires possui grande importância para a região Norte do Estado e é fonte de renda para diversas famílias que sobrevivem da pesca profissional, além de servir de opção de lazer para os moradores da região. Os autos também levaram em consideração a condição econômico do infrator, uma vez que os investimentos no empreendimento são estimados em mais de R$ 3,2 bilhões.
“A Secretaria reconhece a importância do empreendimento para desenvolvimento econômico de Mato Grosso, mas acredita que tudo deve ser feito buscando as melhores práticas de conservação e proteção ambiental. Por isso, estamos todos empenados em cessar o dano e buscar as devidas responsabilidades no fato”, destaca Mauren Lazzaretti, secretária da Sema.
A autuação foi fundamentada na Política Nacional do Meio Ambiente, Código Estadual do Meio Ambiente e decreto que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente.
A mortandade de peixes foi identificada no dia 4 de fevereiro pela equipe multidisciplinar da Sema que acompanha o enchimento do reservatório. De acordo com relatório técnico da equipe, foi causada pela alteração de turbidez da água, ocasionada durante a operação de fechamento da quinta adufa e abertura de três vertedouros. Foi detectado, no momento da abertura das comportas, que a coloração da água foi modificada exclusivamente pelo sedimento que ficou aprisionado na bacia de dissipação. Essa bacia é de responsabilidade do setor de engenharia civil do empreendimento, já que se trata de parte integrante da estrutura de construção da barragem.
De acordo com as avaliações feitas nos exemplares, identificou-se que os sedimentos em suspensão na água provocaram a obstrução das brânquias (órgão respiratório) dos peixes. Ao constatar o dano ambiental, a Sema determinou imediatamente a não movimentação das comportas para que não fossem lançados mais sedimentos no rio. Tal medida foi tomada com o objetivo de cessar o lançamento de sedimentos da bacia de dissipação a abaixo.
Já no dia 06 de fevereiro, a Sema autorizou a abertura do vertedouro para uma vazão de 411m³/segundo. A movimentação possibilitou melhoria da qualidade do rio Teles Pires abaixo do reservatório, uma vez que a água do reservatório da UHE Sinop apresenta boa qualidade.
Todas a manobras de comporta da usina foram supervisionadas pela equipe multidisciplinar da Sema, que acompanha diariamente o enchimento do lago desde o dia 30 de janeiro. Além dos profissionais da Sema (da sede e da unidade regional da Secretaria em Sinop), também estão atuando Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMPA) e Delegacia Especializada de Meio Ambiente (DEMA). O objetivo da supervisão é realizar um intenso monitoramento das condicionantes estabelecidas, assegurando respostas rápidas caso ocorra alguma intercorrência durante o enchimento.
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