Três espécies são encontradas em Cuiabá

Há vários tipos de ratos, mas nenhum deles tem características nobres. Por isso, é um dos piores xingamentos associar o homem a estes roedores asquerosos. Em Cuiabá, há três espécies. Ratazana ou Rattus Marvegicus. Esta vive na beira do rio e de esgotos, faz covas nas margens e é a espécie que mais migra, quando chove, porque o rio sobe e ela fica sem-teto. É grande, podendo pesar meio quilo, o que é muito peso, em se tratando do porte médio típico dos ratos em geral.

Os ratos de telhado ou Rattus rattus são aqueles barulhentos, que ficam nas telhas, correndo de um lado para outro, quando cai a noite.

Há ainda os que nos dão um susto, pois são pequeninos e aparecem sempre atrás de armários, debaixo de geladeira, dentro do forno do fogão. São os camundongos domésticos ou Mus musculus.

Por quê cada um vive em um ambiente? É como entre homens. Os maiores ficam onde bem querem, ou seja, as ratazanas são as donas das ruas. Se o rato de telhado desce, são devorados por elas. O mesmo ocorre com os camundongos, em relação aos de telhado.

Todos eles, contudo, são igualmente "ladrões" de comida, pois comem tudo o que encontram pela frente e têm estômago para ingerir essa nojeira toda. São inoportunos, indesejáveis e asquerosos, insalubres e, acima de tudo, nocivos à saúde. Só pessoas assim podem ser associados aos ratos.

Muito usados em laboratórios, os ratos são mamíferos, como os homens, e, por isso, têm órgãos semelhantes aos nossos, o que viabiliza pesquisas, em prol da humanidade, através do sacrifício de pequenos roedores, esses sim "limpinhos".

Na cadeia alimentar, é alvo das cobras, mas não come especificamente uma espécie, porque é uma "draga", ou seja, devora tudo. Até o ser humano.

Ano passado, um caso chocou a Capital. Em um ambienta insalubre, uma mãe saiu, à noite, deixando um bebê sozinho. O "mamá" entornou na boca e nos olhos da criança, que teria sido roída até a morte por um rato, bicho que também se aproveita da miséria. (KW)