ESQUEMAS NA SEDUC 24.10.2018 | 13h28
Chico Ferreira
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) decide nesta quinta-feira (25), durante sessão do Pleno, se recebe denúncia e torna réu o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), por envolvimento em esquema para desvio de dinheiro público da Secretaria de Educação (Seduc).
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Os fatos foram revelados pela operação Rêmora, que investigou esquema de fraudes em obras de reforma e construção de escolas que inicialmente estavam orçadas em R$ 56 milhões. O julgamento deve ocorrer poucos dias após a derrubada do sigilo na delação premiada do empresário Alan Malouf (primo de Guilherme), determinda pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O processo relatado pelo desembargador Rondon Bassil Dower Filho consta na pauta de julgamento. O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou Maluf por organização criminosa, corrupção passiva (20 vezes) e embaraçamento da investigação.
Consta na denúncia que o parlamentar teve a mesma participação de Alan Malouf na organização criminosa. Ele é acusado de integrar o núcleo de liderança da organização, sendo beneficiário direto de parcela da propina arrecadada, além de se valer das influências políticas proporcionadas pelo cargo eletivo para promover as articulações necessárias.
Conforme o MPE, o núcleo de liderança da organização tinha ainda a participação do ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto Filho (PSDB). Na denúncia, além do deputado Guilherme Maluf, também foi alvo o seu motorista Milton Flávio de Brito Arruda, por embaraçamento de investigação.
Segundo o Ministério Público, após a deflagração da 1ª fase da operação Rêmora, a fim de garantir que o empresário Giovani Belatto Guizardi não revelasse sua atuação aos investigadores, Guilherme Maluf buscou intimidá-lo, utilizando-se, para tanto, o seu motorista, que é agente penitenciário do Serviço de Operações Especiais e que, a época do fato, estava cedido à Assembleia Legislativa.
Alan Malouf
Na última segunda-feira (15), o ministro Marco Aurélio Melo, do STF, retirou o sigilo da delação premiada feita pelo empresário Alan Malouf junto ao Ministério Público Federal (MPF).
Guilherme Maluf é acusado de ter recebido R$ 40 mil em propina, dinheiro desviado da Seduc no esquema que veio à tona com a deflagração da operação Rêmora em maio de 2016. Alan afirmou ter feito o pagamento a Maluf e ressaltou que sem o parlamentar o esquema seria impossível.
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