desequilíbrio eleitoral 08.03.2019 | 13h20

thalyta@gazetadigital.com.br
Divulgação
Prefeita Janailza Leite
Atualmente Mato Grosso tem 16 prefeitas, sendo uma interina até que sejam realizadas eleições suplementares, o que corresponde a 11,3% dos gestores municipais no estado. O dado não está fora da realidade brasileira, onde as mulheres ainda são minoria entre os eleitos, o que deixou o Brasil em 54º no ranking de representatividade feminina da União Interparlamentar Internacional (UIP). E mesmo as que são eleitas enfrentam dificuldades e machismo no dia a dia das prefeituras.
No estado, grandes municípios são comandados por mulheres, como Várzea Grande, que tem a prefeita Lucimar Campos (DEM), Chapada dos Guimarães (67 km ao Norte de Cuiabá) com Thelma de Oliveira (PSDB) e Sinop (500 km ao Norte), com a gestora Rosana Martineli (PR). Em comum, elas carregam a herança dos maridos, que foram precursores na política e deixaram o legado para as esposas.
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Em relação às siglas partidárias, as 16 prefeitas são de 11 partidos, sendo o PSDB e o DEM, com 3 gestoras cada, os partidos com maior número de mulheres eleitas prefeitas. A maioria das prefeitas é de municípios pequenos, como Carmelinda Coelho (DEM), de Carlinda (762 km ao Norte) que tem 10 mil habitantes, e Eliane Lins da Silva (PV), de Denise (211 km ao Médio-Norte), que possui 9 mil moradores, e Terezinha Carrara (DEM), de Nova Santa Helena (622 km ao Norte) e seus quase 4 mil habitantes.
Empresária do setor madeireiro, Rosana está em seu primeiro mandato, mas foi vice-prefeita na gestão anterior à sua. Ela concorreu com dois candidatos homens e ganhou o pleito com 39,5% dos votos válidos. Com essa experiência e conhecida na cidade, ela ainda enfrenta o machismo e o questionamento quanto à sua capacidade como gestora.
“Com uma mulher a cobrança é muito maior. É um desafio, falam que não vou dar conta. Essa é uma oportunidade de mostrar que nós mulheres somos capazes, até para incentivar mais mulheres a entrarem na política”, explica a prefeita.
Driblando o preconceito e tomando as rédeas do município, Rosana afirma que está colhendo os resultados do trabalho realizado. “Os salários estão em dia, pagamos a RGA e todos os fornecedores. Somos case de sucesso do Tribunal de Contas, referência em licenciamento ambiental o 26º melhor município do país para se investir. E agora conseguimos um financiamento de R$ 100 milhões para investir em infraestrutura”.
Na região Leste de Mato Grosso, no pequeno município de São Félix do Araguaia (1.200 km a Nordeste), que tem 11 mil habitantes, a advogada Janailza Leite (PSD) está em seu primeiro cargo eletivo. Ela nasceu no Rio Grande do Norte, está em Mato Grosso há 8 anos e decidiu se candidatar por acreditar que o município precisava de mudanças.
“Eu enfrento alguns tipos de dificuldades, por causa da cultura machista, de achar que os homens são mais fortes e que uma mulher não tem condição de comandar. Me apaixonei por esse lugar, que é muito bom para viver e quis contribuir”, conta a Janailza.
E em dois anos de mandato, as obras já começam a ser vistas. “Estamos com a construção do prédio próprio do hospital municipal e uma creche modelo, que irão melhorar a qualidade de vida da população. E queremos entregar essas obras ainda este ano”, afirma a prefeita.
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0,75%
Algodão
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0,14%
Soja Disponível
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1,06%
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