Assembleia Legislativa 14.10.2018 | 08h52

janaiara@gazetadigital.com.br
Otmar de Oliveira
A eleição de Mauro Mendes (DEM) ao governo do Estado pode transformar a Assembleia Legislativa em palco de um fenômeno raro no país: o nascimento de uma bancada que reúna petistas e tucanos. Com dois deputados eleitos, cada, os partidos foram oposição ao democrata nas eleições deste ano e tudo indica que permanecerão assim a partir de 2019.
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Com os tucanos, Mauro Mendes - cuja coligação elegeu somente 9 dos 24 deputados estaduais - já tentou contato. O governador eleito ligou para Wilson Santos, atual líder do governo Pedro Taques (PSDB), derrotado nas urnas. Ouviu do tucano que ele foi reeleito para ser um parlamentar de oposição. “A população me elegeu para ser oposição, uma oposição limpa. Vou fazer esse trabalho”, disse Wilson.
Do mesmo partido, o também reeleito Guilherme Maluf afirma que ainda não definiu seu posicionamento na Assembleia a partir do ano que vem. Ponderou apenas que buscará ter um relacionamento harmônico com o governo.
Do lado do PT, a postura também ainda não está fechada. Eleito deputado, Lúdio Cabral disse que a prioridade do partido agora é a disputa em 2º turno pela Presidência da República. Exvereador por Cuiabá, ele já tem, no entanto, histórico de oposição ao democrata. Disputou contra Mauro Mendes o comando da prefeitura, em 2012.
No pleito deste ano, o PT apoiou o projeto de Wellington Fagundes (PR) ao governo do Estado. Além disso, o deputado reeleito, Valdir Barranco, faz parte da ala de oposição ao governo Taques.
A maioria dos eleitos e reeleitos, no entanto, sustenta que terá uma postura de independência. Também do grupo de Taques, Max Russi e Dr. Eugênio, ambos do PSB, dizem que a intenção é promover embates propositivos. “Não é nosso estilo ficar batendo em governador só por pirraça. Se o Mauro fizer pelo Estado, terá meu apoio”, disse Max.
Deputados de primeira viagem, Elizeu Nascimento e Ulysses Moraes foram liberados pelo DC atuar como acharem conveniente e, segundo Nascimento, a tendência é se manterem independentes. “Vamos buscar fazer um mandato propositivo. Se houver coisas erradas, estaremos prontos para fiscalizar também”.
Até entre os filiados a legendas que já decidiram de que lado estarão, o discurso é parecido. Enquanto o PV já apontou que fará parte da base governista, o eleito Faissal Calil diz que deve se manter independente. “Não dá para ser base sempre. Se houver algo errado, nós vamos para o embate como sempre fiz. Se houver bons projetos para Mato Grosso, nós vamos apoiar”.
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