Brincadeira sadia

O trote hoje em dia é visto como um ritual de passagem: deixa-se para trás a vida estudantil e adentra-se na juventude universitária. Trata-se de um ritual que mistura diversão e amizade entre calouros e veteranos. Basta passar pelos semáforos próximos e encontrar com vários estudantes pintados, rapazes vestidos de mulheres e outros "micos" que deixam claro quem é o mais novo "bicho grilo" da universidade.

Claro que nem sempre foi assim, divertido. Há casos conhecidos de trotes violentos, com humilhações e outras atitudes que, ao invés de aproximar, afastam calouros de veteranos. Com um rigor maior na fiscalização desse ritual, o que se vê atualmente são atividades sadias que resultam em festas de confraternização. Há quem inclusive faça questão de ter a cabeça raspada para exibir o status de universitário.

Uma curiosidade sobre o trote está em sua origem que, claro, não é brasileira. Para se ter uma idéia, remonta das primeiras universidades, na Europa Medieval, o habito de se raspar a cabeça dos novatos. A diferença é que era por uma questão higiênica tanto que as roupas dos iniciantes eram queimadas. Hoje em dia corta-se o cabeço para zoar e para diferenciar os veteranos dos calouros.

Rostos pintados, danças e músicas estranhas, cabeças raspadas, ovos e farinha de trigo e o ato de pedir dinheiro para os motoristas dos automóveis. A cartilha do trote é basicamente esta. Atualmente somam-se a isso a doação de sangue e iniciativas alternativas coleta de lixo, plantação de mudas e outras atividades. Independente do que seja feito, o importante é manter o respeito e fazer desse início de nova fase um evento único na vida de cada "bicho grilo".

Fui...