22.02.2009 | 03h00
Mais do que uma simples animação, Coraline e o Mundo Secreto não tem pontas soltas. O trabalho do diretor Henry Selick é admirável. É um filme para ver, rever e adorar. A história gira em torno de uma garotinha chamada Coraline (Dakota Fanning) que se muda com seus pais workaholics (Teri Hatcher e John Hodgman) para um enorme e antigo casarão. Acostumada a explorar os vastos jardins e pátios, fica um dia trancada em casa por causa da chuva, aborrecida. Decide então contar as coisas azuis, as janelas e as portas, e atrás de uma delas acaba achando um universo alternativo, sombrio, estranho e aterrador, onde existem versões de seus pais com enormes botões no lugar dos olhos.
O melhor de tudo no longa é a perfeição com que foi produzido. Utiliza técnicas de 3D estereoscópico e stop-motion. Esta segunda é uma modalidade de animação que trabalha com modelos reais em diversos materiais. Dentro dos mais comuns, estão a massa de modelar. No cinema o material utilizado tem que ser mais resistente e maleável, visto que precisam durar meses, pois para cada segundo de filme são necessárias aproximadamente 24 quadros (frames).
Os modelos são movimentados e fotografados quadro a quadro. Estes quadros são posteriormente montados em uma película cinematográfica, criando a impressão de movimento. Nesta fase podem ser acrescentados efeitos sonoros como fala ou música. Um dos muitos filmes feito com a técnica de stop motion foi O Estranho Mundo de Jack de Tim Burton, A Fuga das Galinhas, A Noiva Cadáver, Wallace e Gromit.
Já o 3D estereoscópico é uma técnica digital, que faz com que as imagens "saltem" da tela com o uso de óculos especiais. Diferente das animações digitais tradicionais que empregam esse tipo de tecnologia, todos os elementos de Coraline foram criados à mão e poder vê-los em profundidade acentua sua presença, que se torna quase física e tátil.
A atenção aos mais ínfimos detalhes de design e arte é louvável. Para quem for assistir, vale a pensa observar o fiozinho que liga as letras do bordado com o nome dos atores nos créditos iniciais, o jeito como o pêlo do gato capta a luz (ele precisa ser tocado para ser animado, cada toque faz com que o pelo se mexa um pouquinho), cada folha de grama mexendo-se ao fundo com o vento, a sujeira no parabrisa do carro, a referência ao quatro A Noite Estrelada de Vincent Van Gogh. E fique até o final para uma surpresa. É inspirada também a contratação do compositor francês Bruno Coulais para a trilha sonora estilo "caixinha de música" e a presença da banda They Might Be Giants nas canções. É um filme para todas as idades.
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