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21.07.2025 | 10h03

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Roberta D'Albuquerque

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Estou em Recife. Férias! Recife é aquela coisa, né. Mesmo quando chove na praia, vale a pena ter passado protetor. Mesmo quando o voo faz turbulência com sensação de queda, vale a pena ter entrado no avião. Mesmo quando o filme é ruim, vale muito ter ido ao cinema. A sessão era às 18h e esta sala abre somente nos fins de semana - 3 sessões por dia - não vende pipoca, nem Mentos, mas, juro, juro pra tu, vale. É que não é qualquer sala, é o Cinema São Luiz no cruzamento da Conde da Boa Vista com a rua da Aurora. Todo restaurado, cortina de veludo vermelho fechando a tela, vitrais na lateral, teto e paredes com decoração em alto relevo de intimidar qualquer minimalista moderninho, o painel de Lula Cardoso Ayres no hall de entrada. Olha, a coisa mais bonita do mundo.

 

Fui muito aos cinemas de rua do Recife quando menina. Minha tia Dulce tinha uma tradição de nos levar todo janeiro e junho. Acredite em mim, isso era muito. Nós (os sobrinhos, bem crianças) só podíamos assistir aos filmes livres, chegavam poucos títulos aqui no Brasil, coisa de um lançamento por férias mais o dos Trapalhões. Eram 2 idas ao cinema. Tia Dulce fazia valer o passeio. Saímos da casa de minha avó de ônibus, o que pra mim já era uma novidade. Eu morava no interior, era tudo pertinho, a gente andava quase sempre a pé. Ela entrava na sala na primeira sessão, logo depois do almoço e se oferecia para assistir a quantas sessões tivéssemos vontade. O mesmo filme, 2, 3, 4 vezes em um dia. Sempre achei aquilo tão especial. Não sabia dizer por que, mas sabia que não era um passeio básico.

 

Hoje sei, claro. Tia Dulce é um tesourinho mesmo. Pegava 6 meninas pequenas pela mão e se enfiava numa aventura dessas, depois ainda nos levava pra lanchar na Karblen do centro. É de uma disponibilidade de ouro. Ontem eu fui para o São Luiz com minhas filhas, meu namorado e meus sobrinhos. Quando a cortina vermelha abriu, lembrei do gosto do pastel de festa da Karblen. Fiquei comovida. A vida é coisa pra se festejar mesmo, não é minha gente?

 

Em tempo, não fechei o contrato do consultório novo. Ainda. Cá entre nós, parece que não sou tão boa de negociação quanto imaginei. Dou notícias. Boa semana, queridos.

 

Roberta D'Albuquerque é psicanalista, atende em seu consultório em São Paulo e escreve semanalmente no Gazeta Digital e em outros 17 jornais e revistas do Brasil, EUA e Canadá. E-mail: contato@robertadalbuquerque.com.br

 

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