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DOENÇA sem CURA 07.12.2025 | 07h00

Risco de leishmaniose em animais sobe no tempo chuvoso; entenda prevenção e sinais

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Vithória Sampaio

redacao@gazetadigital.com.br

A leishmaniose, doença endêmica e uma das zoonoses mais perigosas do Centro-Oeste, volta a acender um alerta com a chegada das chuvas, período em que aumenta a proliferação do mosquito-palha, transmissor do parasita.

 

Com sinais que vão desde feridas que não cicatrizam até o comprometimento de órgãos vitais, a veterinária Anny Lima explicou ao que os tutores precisam redobrar a atenção, já que o diagnóstico deve ser rápido. A doença não tem cura, apenas controle, e a vacina foi retirada do mercado por falta de eficácia comprovada.

Reprodução

Doutora Anny Lima

 Veterinária explica doença

A veterinária reforça que a informação é a principal aliada na prevenção. Identificar sinais precoces, manter o uso de repelentes e adotar cuidados com o ambiente são medidas essenciais para proteger os animais e reduzir o risco de transmissão também aos humanos. 

 

“Quanto mais rápido o tutor buscar ajuda, maiores são as chances de controlar a doença e garantir a qualidade de vida ao animal”, pontuou.

 

Ao , a profissional explicou sobre a identificação da doença, prevenção e tratamento.

 

GD — Por que os casos sobem no período chuvoso?
Anny Lima — A doença é endêmica na nossa região, e o Centro-Oeste está em terceiro lugar no ranking nacional. A época de chuvas influencia diretamente no aumento da transmissão, pois a água parada serve de criadouro para o mosquito-palha, que é o transmissor da doença.

 

GD — Como o tutor pode identificar sinais precoces para buscar atendimento rapidamente?
Anny Lima — Existem duas manifestações clínicas: LVC (leishmaniose visceral canina) e LTC (leishmaniose tegumentar). Na forma tegumentar, que é a mais comum, surgem feridas na pele que demoram a cicatrizar, mesmo com o uso de pomadas, além de crescimento exagerado das unhas, lesões na ponta das orelhas e nas patas, e emagrecimento, mesmo com alimentação normal.

 

Em humanos, o principal sinal também são feridas que não cicatrizam. Já a forma visceral, mais rara, compromete órgãos como intestino, estômago, fígado, baço e rins, causando diarreia, vômitos e perda de apetite. É um quadro muito mais grave.

 

GD — Quais são os cuidados de longo prazo para um cão que vive com a doença?
Anny Lima — Após o diagnóstico, o tratamento é feito com medicamentos parasiticidas, moduladores imunológicos, vitaminas e cuidados específicos com a pele, que podem incluir remédios orais e tópicos. O animal precisa de acompanhamento veterinário a cada 6 meses, pois a doença não tem cura, apenas controle, e exige monitoramento contínuo.

 

GD — Quais são as principais estratégias de prevenção contra a leishmaniose?
Anny Lima — A prevenção inclui o uso regular de repelentes, controle ambiental para evitar criadouros do mosquito e acompanhamento veterinário. Como não existe mais vacina disponível, os tutores devem redobrar os cuidados, especialmente no período chuvoso.

 

GD — A coleira repelente realmente funciona? Em quais casos é indicada?
Anny Lima — Sim, funciona. Como a vacina foi retirada do mercado por não comprovar eficácia, os repelentes, como coleiras, pour-on e medicações orais, são atualmente as ferramentas mais eficazes na prevenção. O ideal é que todos os cães façam uso, especialmente os que vivem em áreas arborizadas ou próximas a matas e rios.

 

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