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Política Nacional - A | + A

09.06.2010 | 03h00

Valtenir e Mauro trocam farpas e clima esquenta

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O pré-candidato do PSB ao governo do Estado, empresário Mauro Mendes, e o presidente do partido em Mato Grosso, deputado Valtenir Pereira, lavaram "roupa suja" ao vivo durante entrevista à Rádio CBN Cuiabá, uma das empresas do Grupo Gazeta de Comunicação. O clima entre ambos esquentou mais uma vez ontem, um dia depois deles tentarem selar um acordo de paz em reunião tensa.

Na entrevista, Valtenir exigiu respeito de Mauro e acusou o correligionário de se juntar a outros "milionários" para tirar seu mandato. O empresário, por outro lado, disse ter motivo para suspeitar da "venda" de filiados. Alega estar comprovado que teriam oferecido dinheiro a correligionários para que boicotem a candidatura dele ao governo.

A lavagem de roupa suja ocorreu durante entrevista que Valtenir concedia ao radialista Davi de Paula e o professor e cientista político Alfredo da Mota Menezes. O presidente estadual do PSB era o único entrevistado por 14 minutos, quando Mauro Mendes telefonou para a rádio e pediu para comentar o assunto. Ambos seguiram discutindo por mais uma hora.

Antes de Mauro entrar no ar, Valtenir chegou a classificar como lamentável a forma como o correligionário vem tratando-o. Ele se refere à declaração do empresário que ameaça não ser candidato ao governo se for traído pelo presidente do PSB. "Fico chateado com o companheiro porque ele não entende o processo democrático e sugere que eu estaria vendendo o partido ao conversar com outros candidatos. Isso é legítimo até nossa convenção. O que não pode é jogar minha história na lata do lixo".

Valtenir ironizou Mauro Mendes ao dizer que não pode ser achincalhado publicamente porque nunca comprou partidos para obter apoio. Ele se referiu à eleição de Cuiabá em 2008, quando o empresário ficou em segundo lugar na disputa de prefeito e foi acusado de pagar para ter apoio de candidatos a vereador pelo PRTB. A sigla estava coligada à época com o PSDB do prefeito reeleito Wilson Santos.

Depois de 14 minutos de entrevista, Mauro telefona do seu aparelho celular para a rádio e pede para se manifestar. Alegou sempre ter defendido Valtenir e negou que a declaração sobre venda de apoio no PSB não era para pressionar ninguém. Ele tentou minimizar o clima de animosidade, sem muito sucesso.

Foi então que Valtenir retomou a palavra e acusou o empresário de o massacrar para impor a candidatura a governador. "Deixa nós respirarmos, Mauro. Tenho que fazer meu papel de dirigente partidário. Por isso, exijo respeito. Não adianta tentar me intimidar".

Mauro ainda negou ter levado dirigentes do PPS, PDT e PV para desestabilizar o encontro de presidentes municipais do PSB realizado anteontem no Hotel Veneza, em Cuiabá. Disse que eles foram por conta própria para apresentar a lista de pré-candidatos a deputado federal. "Nunca desrespeitei você, Valtenir. Pelo contrário. Sempre digo que é o nosso candidato a federal e tem tudo para ser reeleito. Temos divergências, mas isso tem que ser colocado de lado porque temos coisas mais importantes".

Na tentativa de contornar a nova crise, Mauro Mendes prometeu na convenção do PSB disputar voto a voto o direito de ser candidato a governador. O encontro ocorre no dia 21. Ele disse ainda confiar na legenda e assegurou que só não será candidato se for traído. Dessa vez, não citou o nome de Valtenir. O dirigente também garantiu que irá colocar o nome do correligionário para apreciação dos filiados.

A relação quase azedou de vez no final da entrevista que se estendeu por 1 hora e 5 minutos. O problema é que Valtenir cogitou apoiar a reeleição de Silval Barbosa para que o PSB fique coligado com o PT na eleição de deputado federal, o que garantia a eleição de dois parlamentares.

Mauro alfinetou dizendo que, nesse caso, a legenda estaria sendo excessivamente pragmática ao pensar apenas na eleição de federal e deixar de lado a luta por um Estado melhor e uma nova forma de fazer política. Também lembrou que os petistas já anunciaram um "chapão" com o PMDB e o PR.

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