Gaeco realiza busca e operação em gabinete de Walace

O prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB) e o irmão dele, o médico Josias Guimarães, foram alvos, na manhã desta terça-feira (18), da Operação Camaleão, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que pediu e obteve, da Justiça, 11 mandados de busca e apreensão.

Os cerca de 50 agentes se dividiram entre o gabinete do prefeito, a casa de Josias, 5 secretarias e empresas com vistas a apreender documentos e computadores que serão analisados. A suspeita é a de que haja o cometimento de crimes como corrupção, peculato e fraude a licitação. Ao menos um contrato, de R$ R$ 10,5 milhões, tem indícios de irregularidades.

Isso porque a Carneiro Carvalho Construções tinha como objeto a venda de sapatos, mudando o ramo de atuação 6 meses antes de vencer a licitação, que consiste na realização de obras de recuperação de vias públicas.

Em setembro, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou a suspensão do contrato por indícios de fraude na fase de habilitação técnica, desvio de finalidade na execução contratual, fraude na execução contratual em razão de possível superfaturamento nas medições (liquidação da despesa) entre outras irregularidades consideradas graves pelo órgão.

Aniversariante do dia, Walace chegou cedo à prefeitura e acompanhou o trabalho dos agentes, que estiveram no gabinete dele para recolher provas. Demonstrando tranquilidade, o prefeito afirmou que não há nenhuma ilegalidade no contrato firmado com a empresa. “Todos os procedimentos necessários e exigidos foram cumpridos, inclusive o atestado de capacidade técnica, apresentado antes do contrato”.

O pemedebista destacou que esteve, nesta segunda-feira (17), no Ministério Público Estadual (MPE) para prestar esclarecimentos sobre o caso. Ele reafirmou que todo o trâmite para a contratação da empresa passou por uma comissão de licitação que analisou os documentos de habilitação. Sobre a determinação do TCE, Walace disse que ela foi cumprida, que os empenhos e liquidações foram suspensos e que, do total, R$ 4 milhões foram pagos.

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