19.07.2018 | 07h35
Pacientes se mobilizaram para realizar hoje (19) uma manifestação em favor do projeto Plástica Para Todos. A manifestação deve começar às 16h na Praça Ulisses Guimarães, em Cuiabá. A iniciativa surge após o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) interditar as atividades do programa.
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De acordo com a presidente da Associação Matogrossense de Obesidade, Juvelina Rodrigues, que aguarda para realizar uma cirurgia pelo programa, o protesto é em favor do projeto e contra a formação de um “cartel que existe no Estado”.
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Conforme Juvelina, a manifestação vai contar com pacientes que já operaram pelo projeto e também com outros que aguardam pelos procedimentos. Muitas dessas pessoas virão do interior para protestar. Ela lembra que alguns desses pacientes fizeram cirurgias bariátricas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e teriam direito a cirurgias de retirada de excesso de pele, mas aguardam há mais de 10 anos na fila.
A presidente afirma que no Estado 90% dos cirurgiões plásticos não atendem pelo SUS e nem mesmo por plano de saúde. Segundo ela, a pessoa que necessita da cirurgia, além de pagar o valor que o médico quiser cobrar, precisa também pagar a consulta particular.
O valor de uma cirurgia para retirada do excesso de pele do braço chega a ser R$ 9 mil. Pelo projeto, ela conta que pagará apenas 30% desse valor. “Vamos protestar porque o que aconteceu é que o cartel de cirurgiões plásticos se uniram contra um projeto que veio dar condições a quem não teria chances de uma cirurgia dessas”.
Interdição
A decisão do CRM ocorreu pouco mais de 2 meses após a morte de Edléia Daniela Ferreira Lira, 33, que realizou 2 procedimentos pelo programa, no Hospital Militar de Mato Grosso, onde a empresa loca o centro cirúrgico. Além dela, mais duas pacientes tiveram complicações após as cirurgias e precisaram ser encaminhadas para UTIs de outros hospitais.
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