gerou críticas 13.10.2025 | 15h57
Marcello Casal Jr/ABr
A possibilidade do presidente Lula indicar um homem para a vaga aberta no STF (Supremo Tribunal Federal), após a saída de Luís Roberto Barroso, tem gerado críticas dentro da militância petista e entre grupos ligados ao PT. Nas redes sociais, movimentos que defendem maior diversidade no Judiciário manifestaram insatisfação com os nomes cotados.
Um dos grupos mais ativos é o Mulheres Negras Decidem, que retomou a campanha “Lula, lembra da gente?”. Em nota publicada no Instagram, o coletivo cobrou que o presidente aproveite a oportunidade para nomear a primeira mulher negra da história da Corte.
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“Essa é sua terceira chance de corrigir uma injustiça histórica, indicando a primeira mulher negra para o STF”, diz o texto. “Essa escolha representaria um passo concreto na direção da equidade racial e de gênero dentro da mais alta instância do Judiciário brasileiro, após 134 anos de ausência.”
O grupo cita dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que evidenciam a desigualdade racial e de gênero no sistema: apenas 2% das desembargadoras do país são mulheres negras. A nota defende que uma ministra negra poderia promover “mudanças estruturais profundas” na percepção penal e fortalecer a democracia.
A mobilização ganhou força no X (antigo Twitter), onde hashtags como #STFDiverso, voltaram a circular. Usuários também sugeriram nomes de juristas negras para o cargo. Ainda assim, o movimento tem enfrentado dificuldade para manter o engajamento nas redes.
Enquanto isso, Lula está em viagem à Itália e deve anunciar nos próximos dias o sucessor de Barroso. Entre os nomes cotados estão:
- Jorge Messias – Advogado-geral da União e homem de confiança de Lula, ganhou projeção durante o governo Dilma Rousseff, quando ficou conhecido como “Bessias” em gravações da Lava Jato. É visto como o favorito por ter forte respaldo político no PT.
- Bruno Dantas – ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), tem perfil técnico e trânsito fácil em Brasília. Já foi cotado para outros cargos estratégicos e é considerado articulado e bem relacionado entre diferentes alas políticas.
- Rodrigo Pacheco – Ex-presidente do Senado, mantém boa relação com Lula e é visto como figura conciliadora. Seu nome agrada ao centrão e setores moderados do Congresso, o que pode pesar na escolha.
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