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rota do vlt 07.05.2023 | 16h05

Abandonada, Ilha da Banana abriga sem-teto e drogados

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Jolismar Bruno - Especial para o GD

redacao@gazetadigital.com.br

Jolismar Bruno

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Localizada nas imediações do Morro da Luz e Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, a Ilha da Banana está totalmente abandonada e serve de moradia para pessoas em situação de rua e dependentes químicos. Desapropriado para abrigar uma das estações do "enterrado" Veículo Leve sobre Trilho (VLT), o espaço ainda não passou por nenhuma obra. A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) afirma que o local faz parte do projeto de implantação do Bus Rapid  Transit (BRT), entre Cuiabá e Várzea Grande.

 

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O local está cercado por tapumes, mas sem tetos e dependentes químicos quebram as barreiras e acessam o espaço para usar entorpecentes e se abrigar nos restos de construção que ainda se mantêm em pé. A reportagem esteve no local durante está semana e presenciou a movimentação dessas pessoas em uma construção abandonada dentro da ilha. Eles entram por uma parte do tapume que foi arrancado e ficam fazendo uso de entorpecentes.

 

O conversou com alguns comerciantes da região que afirmaram não ter problemas com os moradores em situação de rua. Conforme o vendedor de uma loja de móveis, Hamilton Neves, essas pessoas não causam nenhum tipo de transtorno. O comércio funciona há 16 anos no mesmo ponto.

 

"Aqui para gente eles não causam nenhum problema. Às vezes passa um por aqui, fica aqui perto, caído, mas outros vem e tiram. Eles têm medo, se ajudam, se ficar por aqui a polícia vem", contou. Hamilton ainda destacou que acredita que com a chegada das obras do BRT, a situação na região da avenida pode melhorar, principalmente para o comércio. 

 

Em outro comércio próximo, uma papelaria, o trabalhador Gustavo, que quis ser identificado apenas pelo primeiro nome, também relatou não ter problemas com as pessoas que vivem nas condições de subalternidade da ilha da banana. 

 

" [Eles] não vêm aqui. Só um que vem para pedir água. A gente dá e ele vai embora", disse.

 

Jolismar Bruno

Ilha da banana

 

No entanto, a situação de calmaria e segurança não é a mesma para passageiros do transporte coletivo. Uma moradora de Várzea Grande, que não quis ser identificada, relatou o descaso que sofrem diante da demora dos coletivos da cidade, o sucateamento dos veículos e a falta de iluminação e segurança no ponto que fica localizado em frente ao Morro da Luz, local usado pelos usuários de entorpecentes. 

 

"São constantes atrasos o ponto em frente ao Morro da Luz é uma loucura. Demora a passar ônibus e quando passa o povo parece uns loucos porque querem ir embora, estão cansados do trabalho. Nós pagamos pelo serviço oferecido, não é de graça", argumentou a trabalhadora. 

 

Vídeos encaminhados para a redação do mostram o desespero das pessoas para entrar no veículo e sair da área. 

 

Vídeo;

 

O temor causado pela falta de segurança provoca a euforia dos passageiros com a chega dos veículos. O ponto é bem movimentado e os veículos passam no local já com a lotação máxima em horário de pico.

 

Idealizado para receber o VLT, que deveria ser entregue para a Copa de Mundo de 2014, a obra nunca foi concluída e o modal trocado para BRT que está com as obras em andamento nas cidades. Moradores das imediações sairam de suas casas para dar passagem aos trilhos dos bondes, mas tanta mobilização resultou em "nada" até o momento.

 

A reportagem procurou a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), que informou que a requalificação do Largo do Rosário está dentro do projeto de implantação do BRT em Cuiabá e Várzea Grande.

 

A nota diz ainda que para o local está prevista a criação de uma praça e uma alteração no trânsito, de forma que o novo espaço do Largo do Rosário fique junto à Igreja de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito, enquanto as duas pistas da Avenida Coronel Escolástico ficarão juntas, entre o Largo e o Morro da Luz.

 

Vídeo

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Comentários

Benedito Addôr - 07/05/2023

Na Ilha da Banana, ainda sobraram 3 famílias que foram desapropriadas mas não receberam o dinheiro. A causa foi a miséria do valor da desapropriação, além do fato do próprio Governo, desde 2012, quando começou o imbróglio do VLT, ter contribuído com a desvalorização do imóveis. Derrubada de árvores grandes próximas as casas, bem como das casas geminadas aos imóveis, contribuiram para abalar alicerce, paredes, telhados. No meu caso, como morador há mais de 50 anos, quase 60, a Defensoria Pública luta para eu conseguir um preço justo pela desapropriação.

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