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faxina pesada 07.09.2023 | 09h00

Alergista e professor explicam os riscos de misturar produtos de limpeza

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Ana Júlia Pereira

redacao@gazetadigital.com.br

Reprodução

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Misturar produtos químicos para limpeza é algo comum aos brasileiros, mas não é recomendado por conta do risco à saúde.  Após a uma estudante passar mal devido ao uso de soluções para lavar o banheiro, o conversou com uma médica alergista e um professor doutor em química, que alertaram sobre os riscos das "receitas caseira" para a faxina doméstica. 


Muitos produtos devem ser utilizados separadamente, mas são misturados com outros de forma desproporcional, algo que pode ser prejudicial para a saúde.

 

Arquivo Pessoal

professor anderson

 

Doutor e professor de Química da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Anderson Martinez Santana, enfatizou a necessidade de ler os rótulos dos produtos, já que além de explicar como o deve ser usado, também explica as indicações.


“Leia o rótulo. A rotulagem é controlada e regularizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Todo o produto de limpeza que oferece risco à saúde humana ou ao meio ambiente ele é rotulável e controlado pela Anvisa, então, normalmente, irá explicar os vários tipos de dosagens a serem utilizados”, explica.


Um dos produtos mais utilizados nas casas dos brasileiros é a água sanitária, o professor alerta para os riscos de usar esse produto de forma abundante.


“Quando a água sanitária é misturada com outros produtos químicos, pode gerar uma reação química, que, quando inalados, ou entram em contato com a pele, ou com os olhos, fazem mal à saúde”, conta.


Ele explica que é importante não misturar os produtos, existem outras formas de deixar a casa limpa e cheirosa, com itens adequados.


“Não tem essa necessidade. Algumas pessoas que não gostam do cheiro da água sanitária, podem passar o produto com a água fria e depois passar um pano secante com um aroma mais agradável como a lavanda”, sugere.


Professor enfatiza que é muito importante sempre deixar o local ventilado, porque os produtos produzem vapores que se acumulam na parte debaixo do ambiente e quando podem causar intoxicações.

 

Arquivo Pessoal

alergista natalia

 

Alergista e imunologista clínica, Natália Trabachin Cavallini Menechino, explica as reações mais comuns quando uma pessoa é alérgica aos produtos de limpeza e os efeitos que eles possuem no corpo humano.


“A reação mais comum seria a dermatite de contato, esta doença acomete a pele em que entra em contato com produto de limpeza. Essas lesões são caracterizadas como eczema, ou seja, são lesões avermelhadas, com saída de líquido transparente, que coçam muito e podem evoluir para fissuras e descamação do local da lesão. Porém, existem outras possíveis reações como espirros, tosse entre outras”, explica.


Principais recomendações durante a limpeza são usar o cabelo preso, deixar a área ventilada, evitar que o produto entre em contato com a pele e os olhos. Procurar o médico em caso de contato com produtos nas áreas mencionadas.


“A primeira solução é procurar o médico. Água sanitária com água, você forma um ácido 80x mais forte do que o próprio hipoclorito. Então, se cair uma água, um respingo de água sanitária, assim que você lavar com água você está produzindo ácido na sua pele, e nos seus olhos, então nem sempre lavar com água é a primeira atitude correta”, explica o químico.


Alergista explica que o mais correto é utilizar luvas de plástico para não entrar em contato diretamente com o produto de limpeza. E que, caso a sua reação não seja na pele e sim respiratória, o uso de máscaras conhecidas como N95 seria o ideal.


“A melhor prevenção é sempre a utilização de materiais de proteção ao manusear esses produtos e deixar sempre a pele o mais hidratada possível”, finaliza.


Por fim, o professor deixou uma lista de componentes químicos para ter cuidado quando percebê-los nos rótulos dos produtos.

 

“Desinfetantes à base de formol ou a base de amoníaco. Produtos que possuem hipoclorito ou cloro ativo. Alvejantes que contém cloro ou água-oxigenada (peróxido de hidrogênio 4%). Alguns alvejantes na forma de pasta precisam de um cuidado maior durante a utilização, para não pôr a mão na boca ou nos olhos”, relata.


Ele também deixa um alerta para os pais de crianças pequenas.


“Os produtos de limpeza possuem rótulos coloridos, e isso faz com que as crianças tenham curiosidades de saber o que é. Por isso é importante manter os produtos longe dos alcances das crianças”, finaliza.

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