20.08.2006 | 03h00
Cabeça de Boi. Não se escuta mais essa definição para o lugar que hoje é chamado de Areão. O nome foi criado há 30 anos, na época em que a região ainda possuía características rurais. Os mais velhos contam que uma grande quantidade de ossadas de bois - pois lá existiam vários matadouros - era jogada no lugar onde fica hoje o Jardim Guanabara, bairro vizinho.
A fundação do Areão foi estimulada por meio de grilagens, por isso os primeiros anos de ocupação seguiram sem nenhuma infra-estrutura. Na década de 70 a área foi aos poucos se desenvolvendo, mostrando indícios de um bairro oficial. Serviços como a iluminação pública e saneamento básico foram instalados.
Em seguida, após anos de deboche, aconteceu a mudança de nome e o "Cabeça de Boi" foi "batizado" de Areão.
O bairro é cercado por 4 das principais avenidas da cidade. Miguel Sutil, João Gomes Sobrinho, Coronel Escolástico e Fernando Corrêa. Portanto, bem localizado e próximo ao centro de Cuiabá.
Os moradores contam com 2 escolas, a municipal Henrique da Silva Prado, de 1º grau, e a estadual João Briene de Camargo de 1º e 2º graus.
As mães do bairro e região têm a disposição uma creche que atende cerca de 140 crianças. As refeições seguem o acompanhamento nutricional e toda a meninada recebe noções de higiene, segundo a gerente Tathiana Saldanha Pinheiro, 31.
A auxiliar de serviços gerais Lígia Mendonça Rodrigues, 20, tem uma filha de 1 ano e para trabalhar precisa deixá-la o dia inteiro na unidade. A moradora conta que o atendimento é satisfatório.
A maioria das ruas é pavimentada com exceção de 6 pequenos becos. Mas, o que incomoda os moradores é a falta de praças e áreas de lazer.
O Córrego do Gambá, que antigamente servia às lavadeiras, agora abriga sujeira e mosquitos. A moradora Tereza Dias dos Santos, 47, que vive há 25 anos no bairro, diz que quando chove muito o Córrego enche e a água suja é derramada por toda parte. "O cheiro é horrível, mas tive que me acostumar".
A feira, que se realiza aos sábados, é organizada em frente à rua do Córrego do Gambá. A segurança no bairro é feita pela Companhia de Polícia Comunitária. A maioria das ocorrências é relacionada à boca-de-fumo e roubos de carros que são deixados na região. No mês de junho foram 37 ocorrências que, de acordo com a tenente Claudia Regina Soares, 29, é considerado um número pequeno, se comparado a outros bairros.
Dona Evanildes Prado da Silva, 69, faz parte da família mais tradicional do bairro. A família Prado. Ela se mudou aos 13 anos para o Areão com seus 16 irmãos. "Meu pai foi fundador daqui, antes era só mato, ele teve que abrir caminhos com facão que se transformaram nas ruas projetadas, São Luiz e Castro Alves". A aposentada mora há 56 anos no bairro. Ela também já foi presidenta da Associação dos Moradores. Na gestão conseguiu a pavimentação, linha de ônibus, telefones públicos, creche e escola. Todos os familiares ainda vivem no mesmo terreno requerido pelo pai. Dona Evanildes sempre gostou de morar no Areão, mas ao lembrar do passado ressalta que a única desvantagem era a falta de iluminação que dificultava os passeios à noite.
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Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
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Boi à vista
R$ 285,25
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Soja Disponível
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1,06%
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