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Deu em A Gazeta 12.08.2021 | 08h44

Artistas circenses se preparam para o retorno após mais de um ano parados

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Dantielle Venturini

redacao@gazetadigital.com.br

Chico Ferreira

Chico Ferreira

Após um ano e meio sem aplausos, gargalhadas, muitos desafios e abandonos, a notícia da retomada dos espetáculos circenses trouxe esperança e novo fôlego para os artistas que a aguardavam em Cuiabá. As atividades em circos foram suspensas em meados de março de 2020, com o início da pandemia, e sem os espetáculos muitos dos profissionais precisaram contar com a solidariedade das pessoas para sobreviver. Vários tiveram de se reinventar realizando vendas ambulantes e bicos pela cidade. Outros decidiram voltar para as casas de familiares e alguns chegaram a desistir de vez da vida de circo.

 

Tivemos pessoas que em meio a toda essa dificuldade conseguiu emprego com carteira registrada e decidiram não voltar, lembra Evelyn Kroner, diretora do Circo Kroner. Nas últimas semanas, os artistas começaram aos poucos a retornar para o circo, retomando os ensaios dos espetáculos, que têm estreias previstas para o dia 20 deste mês.

 

A família de Érica Andreza de Oliveira, 34, e Fábio Marques, 41 anos, chegou no fim de julho. Eles estão há 8 anos no Kroner e ganhavam a vida voando pelos ares no trapézio quando a pandemia paralisou tudo. Casado há 17 anos e pais de Byanca de apenas 6, o casal se viu em meio ao desespero, após ser interrompida a única forma de trabalho dos dois desde que eram crianças. Érica nasceu no circo, assim como sua filha. Fábio conheceu o circo aos 10 anos e desde então não saiu mais.

 

Quase 30 anos na mesma profissão, os dois precisaram buscar alternativas para sobreviver. Além de contar com a ajuda de muitas pessoas, Fábio passou a trabalhar como servente de pedreiro e vendedor de biscoitos em Tangará da Serra (239 km a médio norte de Cuiabá), onde o Circo Kroner, em que trabalhavam, estava. Érica chegou a distribuir currículos, mas não conseguiu nenhum emprego. Nossa vida é o circo e quando nos vimos em meio a tudo isso foi desesperador.

 

Frente às dificuldades, decidiram ir para a casa da sogra em São Paulo, onde os bicos continuaram até julho, quando os dois retornaram para o circo em Cuiabá. Viemos na expectativa de retomar os espetáculos e graças a Deus isso vai acontecer. Estamos muito ansiosos e felizes.

 

Vai começar

Durante todo o tempo paralisado, a família do circo perdeu muitos colaboradores e das 60 pessoas que trabalhavam diretamente com eles, apenas 16 permaneceram. Foi um momento difícil, mas muito marcante em que as pessoas nos acolheram e retribuíram com ajuda. Todo nosso carinho e dedicação, lembra Evelyn Kroner. Ela conta que durante os meses da paralisação todo material do circo ficou em Tangará da Serra, onde fariam sua estreia no ano passado, quando foram impedidos pelos decretos da pandemia.

 

Há mais de um mês, esse material foi trazido para Capital na expectativa de que, assim como em outras do país, os espetáculos pudessem ser retomados. Nesta semana, o novo decreto proporcionou aos artistas o recomeço e, com as novas medidas de segurança em prática, Evelyn, que faz parte da 5ª geração de uma família circense, garante que o circo está pronto para retornar levando magia e alegria para todos. Após muita dificuldade, recebemos essa notícia com muita emoção e alegria. Garantimos também que estamos prontos para oferecer segurança e alegria.

 

Geovane Brascuper, apresentador do circo, veio há pouco de Manaus para essa retomada e garante que o público ficará surpreso com todo espetáculo preparado. Estamos todos numa grande expectativa, frio na barriga, pois é um recomeço. Ele foi uma das muitas vítimas da doença em Manaus e precisou até mesmo ficar internado. Pouco antes da crise de falta de oxigênio em Manaus, recebeu alta. Tive alta uma semana antes, comenta, aliviado.

 

Funcionamento

Os circos poderão ter apresentações diariamente, inclusive em feriados, das 7h à 0h. A ocupação deve ser de 70% do público. Também devem seguir as mesmas regras, tanto de capacidade quanto de horário, eventos sociais, corporativos, empresariais, técnicos e científicos, leilões, cinemas, museus e teatros.

 

Leia mais sobre Cidades na edição do Jornal A Gazeta

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