Casal narra vantagens e dificuldades de viver na Europa

Casal com 3 filhas decidiu largar tudo em Cuiabá para procurar uma oportunidade de vida melhor no exterior. O destino? Leiria, em Portugal. Há 3 anos no novo país, Pâmela e Rodrigo Matos afirmam que o processo é “doloroso” para evoluir de recém-chegados para estabilizados em um país diferente. No entanto, não querem voltar ao Brasil.

Ambos trabalham para manter a casa e as filhas: Valentina, 12, Maria Helena, 9, e Naomi, 5. Rodrigo, 48, é representante comercial de material de enxerto para dentistas. Pâmela, 39, trabalha em um refeitório escolar. Com a renda dos dois, as 3 filhas estudam em escola integral, fazem atividades complementares, bem como aprendem língua estrangeira. Atualmente, a família já é legalizada no país. 

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Ao , o casal disse que a Europa não é fácil. No começo, viveram experiências ruins, exceto as crianças que tiveram mais facilidade para se adequar a nova vida. Segundo eles, os dois primeiros anos foram os piores, pois não tinham documentos e a pandemia da covid-19 prejudicou o cronograma traçado.

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“No começo foi muito difícil, tivemos que trabalhar no que aparecesse, depois conseguimos trabalho em fábricas por turnos diferentes, noturnos, coisa que nunca tínhamos vivido. Então, a realização profissional tanto para mim quanto para ele [marido] no começo foi zero. Hoje, graças a Deus, estamos estabilizados e trabalhando no que gostamos. A realização pessoal e familiar é a qualidade de vida e tranquilidade de sentir se seguro, a educação e segurança para nossas filhas é a melhor parte”, disse Pâmela.

Rodrigo contou que começaram a pensar na mudança a partir do momento em que tiveram a terceira filha. Ao sentarem e fazer planejamento familiar, envolvendo estudos para as meninas, eles perceberam que não tinham como arcar com a educação com qualidade no Brasil, especificamente em Cuiabá.

Ainda não é fácil viver no país europeu quando se trata da questão financeira. Porém, a segurança e educação das filhas, são a melhor opção na avaliação do casal. Ambos sentem falta de amigos e comida que deixaram para trás, como o arroz com pequi, mas voltar não é uma escolha.

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“Apesar da vida não ser fácil aqui, sem dúvida estamos muito melhores do que no Brasil. Não conseguiríamos viver mais com a insegurança. Aqui ainda se pode dormir com as janelas abertas, esquecer algo no carro aberto e voltar e estar tudo no lugar, falar ao celular sem medo, caminhar em parques e praias sem medo. Claro que isso muda muito de lugar para lugar, mas onde vivemos hoje é muito tranquilo, as pessoas ainda são mais conservadoras, minhas filhas podem ir andando a escola ou em uma bicicleta sem medo. Mas sinto falta do arroz com pequi, do peixe e da farofa de banana”, brincou Rodrigo.

Em um vídeo, Rodrigo Matos contou a sua experiência e opinião àqueles que pretendem sair do seu país de origem para viver nova experiência. Veja: