no canadá 30.06.2019 | 12h56

viviane@gazetadigital.com.br
O desejo de proporcionar ao primeiro filho um futuro com melhores condições e promessa de uma vida com mais qualidade de vida motivou a cuiabana Laura Bussiki, 31, a deixar a terra natal, ao lado do marido, Rafael Josetti, 32. O destino escolhido foi Toronto - a maior cidade e maior centro financeiro do Canadá, além de capital da província canadense de Ontário.
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Instalada na cidade canadense há 10 meses, Laura, que atuava na capital mato-grossense como servidora pública, está trabalhando em uma empresa que produz comida orgânica para bebês. “As atividades englobam produção, logística de entrega e administrativo”. Além disso, está realizando um dos maiores sonhos: estudar e trabalhar com confeitaria.
O casal vislumbrava o filho, Bento, hoje com 1 ano e meio, crescendo em escolas de primeira linha, que visam não só o ensino, mas também a educação e o comportamento como pessoas. Também sonhavam com um futuro melhor para os dois.
Formada em economia, Laura sempre atuou na área de recursos humanos e financeiro, mas antes de se mudar era gestora de uma creche municipal, no bairro Pedra 90. Já o marido, que é engenheiro de produção, atuava como empresário.
“Estávamos em busca de oportunidades melhores, mas foi a qualidade de vida de um país de primeiro mundo que bateu o martelo”.
O Canadá foi a escolha, tanto pela formação multicultural do país, como pela receptividade a imigrantes. E o sonho da família começou a se tornar realidade em de 2017, durante a gravidez de Laura, quando o casal decidiu que se mudaria. Rafael foi o primeiro a deixar o Brasil, em setembro do mesmo ano. “Ele veio para ver se se adaptaria e para estudar inglês, uma vez que não falava nada do idioma”, conta.
Em fevereiro de 2018, foi a vez de Laura e o pequeno Bento seguirem para o Canadá. “Eu fiz um curso de inglês preparatório para entrar no Baking and Pastry na Centennial College e em janeiro de 2019 eu iniciei o meu tão desejado curso de Baking, que devo terminar em abril de 2020”.
Ela explica que o curso tem como base as habilidades fundamentais de panificação e confeitaria, criação de menus, compra, planejamento ou execução, gerenciamento – ferramentas essenciais para converter seu amor pela área em sucesso nos negócios futuros. “A confeitaria sempre foi uma paixão, por isso a escolha do curso. Já que tínhamos mudado tudo por que não mudar a profissão?? Tenho aprendido muito sobre pães e sobremesas tradicionais como macarons e mil folhas”.
Como resultado da dedicação e aprendizado, a aspirante à chef confeiteira acaba de conquistar o 3º lugar na competição de produção de donuts da instituição onde estuda. “Foi uma competição entre os estudantes de Baking and Pastry. Ao todo, 6 duplas estavam na disputa”, comemora.
A cuiabana ganhou o paladar dos jurados com um donut com cobertura de chocolate com coco e recheio de cream cheese com maracujá e limão – conferindo um toque tropical ao doce, referência da terra natal.
“O prêmio foi simbólico, uma cesta com utensílios, chocolates e produtos pra confeitaria, mas muito representativo”, comemora a futura confeiteira, destacando que os planos são se formar e atuar no ramo de confeitaria no país.
Preparação
Assim que decidiram que iriam sair do Brasil, era necessário se desfazer da vida em solo brasileiro para começar uma nova no destino escolhido, o que não foi fácil.
Então, o casal iniciou a preparação financeira. Compraram um intercâmbio para o Rafael e colocaram a casa para alugar e foram morar com os pais. “Foi uma forma que encontramos para economizar um pouco. Vendemos toda a nossa mobília, o que nos deu algum dinheiro também”.
Depois da fase de adaptação de Rafael, Laura iniciou o processo de visto e intercâmbio. “Decidir vir não foi difícil, estávamos insatisfeitos com nossa situação financeira no Brasil. Mas a realidade aqui é bem diferente e o que mais sentimos falta é dos momentos com os amigos e família”.
Ela lembra que nos primeiros meses se perguntavam se estavam no caminho certo, mas o tempo foi amenizando as dúvidas e acalmando os corações. “O desafio maior em Toronto, especificamente pra nós, é o custo de vida que é bem alto. Por outro lado qualquer trabalho é valorizado”.
Já o pequeno Bento tem se adaptado mais facilmente. No momento seu desafio é lidar com a confusão das línguas. “Ele está aprendendo a falar e mistura tudo. Por exemplo, ele falava tchau, depois começou a falar bye, e agora fala ‘tay’ - uma mistura de tchau com bye”, diverte-se a mãe.
A saudade
Quem muda de país tem que estar preparado para lidar com um dos desafios mais difíceis que é a distância e saudade da família e amigos. Por mais que Laura esteja com o marido e o filho, os demais parentes, pais, irmãos, avós e até bichos de estimação ficaram no Brasil.
Neste aspecto, a tecnologia ajuda a amenizar a distância, pois o casal faz vídeo chamada a qualquer hora pelo Facebook e WhatsApp. Mas mesmo assim é uma barreira difícil e dolorosa a ser superada.
“Quem está disposto a passar um tempo fora do país ou imigrar, tem de ter em mente que a saudade será uma constante na vida e aprender maneiras de lidar com ela”, finaliza.
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