Obra 'aceita' qualquer veículo sobre rodas, diz secretário

A infraestrutura que estamos fazendo atende qualquer veículo sobre rodas. A afirmação é do secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, durante audiência pública na Assembleia Legislativa, ao ser questionado sobre a possível troca do modal Ônibus de Rápido Transporte (BRT) pelo Bonde Urbano Digital (Bus Unit Double - BUD), um tipo de veículo duplo articulado que poderia operar nas mesmas estruturas em construção para o BRT. Segundo ele, a obra que está sendo realizada vai dotar Cuiabá de uma infraestrutura que atenda com maior rapidez e qualidade o transporte coletivo.

O secretário lembrou que com a nova infraestrutura, independente de qual seja o modal escolhido, Cuiabá terá condições e tecnologia para controlar todo o sistema e saber todos os detalhes de cada operação. Independente se será ônibus levado a diesel, a gás, a biodiesel, o que for, desde que sobre rodas, o corredor vai atender com rapidez, tecnologia e segurança.

Oliveira afirmou ainda que o sistema que será feito terá possibilidade de ter a inserção de outros modais, mas isso não quer dizer que as obras não serão concluídas. Ele garantiu que o sistema BRT será concluído.

O estudo sobre a possibilidade de substituição do BRT pelo BDU foi confirmada pelo vice-governador Otaviano Pivetta, que visitou o estado do Paraná para conhecer o modal que passará a ser usado na região metropolitana de Curitiba.

Prazos

Durante audiência, o secretário afirmou que as obras do BRT no corredor da Prainha, entre a Praça Ipiranga e da avenida 15 de Novembro, só serão entregues em fevereiro do ano que vem. Embora o prazo para que o consórcio termine o trecho fosse inicialmente dezembro deste ano, o secretário da Sinfra confirmou que o prazo será estendido por, pelo menos, dois meses.

Já o trecho total do CPA até Várzea Grande, com todos os terminais e estações prontas, deve ser finalizado até junho de 2026, podendo, a partir daí, os ônibus do BRT circular no trecho.

Ainda de acordo com ele, sobre a possibilidade sempre questionada de um terceiro turno, feito no período noturno para acelerar as obras, não é viável, "nós temos uma dificuldade para mão de obra especializada no país, ou seja, não tem gente. E para eu pegar e só transferir um turno, isso não adianta, eu não vou ter a luz do sol e simplesmente cortar turno".

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