27.07.2009 | 03h00
O frio de 13 graus não inibiu as pessoas de participarem da 7º Parada da Diversidade Sexual e Cidadania Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT), realizado no último (25) em Cuiabá. Mesmo com um clima diferente do que os cuiabanos estão acostumados, a organização do evento diz que até o final da passeata pelo menos 40 mil pessoas tiveram participação.
O trabalho de prevenção contra a homofobia dentro das escolas e na sociedade tem sido o principal foco segundo a presidente da comissão de diversidade sexual da OAB-MT, Daniela Garcia. A advogada conta que o fator principal que influencia a homofobia hoje em Cuiabá é a omissão. "Somente em Cuiabá foram 8 homossexuais assassinados, mais de um assassinato por mês. Fomos acionados apenas em um dos casos, parentes e familiares das outras 7 vítimas não buscaram ajuda até agora".
A senadora Sereys Marly, também participou do evento e garantiu cobrar através da Câmara Federal e Municipal a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 122/06, que entrará em votação no Senado até o início do próximo semestre. Serys conta que a principal batalha deve ser trava dentro dos próprios órgãos públicos. "Existem vários Senadores que podem ser considerados homofobicos, são eles que apoiam a violência contra homossexuais hoje no Brasil". Pela segunda vez padrinho da parada gay em Cuiabá, Mário Olímpio, diz se sentir muito orgulhoso e feliz por fazer parte desta manifestação em busca de direitos. "A prefeitura de Cuiabá se empenha ao máximo na luta contra a homofonia".
O Instituto Liberdade Lésbica (Libles) criado em 2004, foi um dos organizadores do evento, sua presidente Eva Virgínia da Silva, conta da participação da secretária municipal de cultura e saúde. A secretaria de segurança disponibilizou todo o policiamento necessário para que o nenhum contratempo surgisse durante a passeata.
O evento contou com participações nacionais da cantora Simoni e também apresentação do grupo Sexy Dolls. A cantora Simoni ficou admirada com a quantidade de pessoas que acompanham a parada e diz se sentir muito alegre por fazer parte do evento. "É a primeira vez que venho a Cuiabá, estou achando muito legal o carinho que estou recebendo das pessoas, muitos aqui me curtiram quando criança, hoje posso ter o contato direto com um público adulto", disse. O grupo Sexy Dolls formado a menos de três meses está sempre presente neste tipo de evento e conta que o assédio feminino é muito normal. Carol Miranda uma das integrantes do grupo conta que o assedio sofrido por elas sempre ocorreu de uma forma sadia.
O público LGBT de Cuiabá ainda é excluído pela sociedade. É muito comum um casal de homossexuais frequentarem bares e restaurantes sem trocarem um único sinal de afeto. Está descriminação faz com que bares e restaurantes exclusivos seja criados.
Durante a 7º Parada da Diversidade Sexual de Mato Grosso, várias opiniões foram encontradas. Maria Campos, 30, é costureira e diz aprovar a organização do evento, porém não é a favor de qualquer tipo de homossexualismo. "Não sou a favor da violência, mas sou contra aqueles que insistem ir contra os mandamentos da igreja, nunca podemos esquecer a questão religiosa". O casal Simone Carvalho e Paulo Tavares, observaram com muita atenção a passeata, e dizem não ter nada contra aqueles que optam pelo homossexualismo. Mara Rodrigues, 35, apoia a forma encontrada pelo publico LGBT para fazer suas reivindicações.
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