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PROCURA-SE UM RELACIONAMENTO 01.03.2022 | 10h08

Três usuários de aplicativos narram encontros desastrosos

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Com milhões de pessoas cadastradas nos aplicativos de relacionamento, encontrar alguém compatível com o que busca na plataforma pode ser como procurar “agulha no palheiro”. A frustração vem e é preciso paciência, jogo de cintura e resiliência para passar pelos encontros mal sucedidos.


Na série Amor das Redes, desta vez o traz histórias de “dates” que não deram muito certo. Dois homens e uma mulher compartilharam histórias de encontros em que era melhor ter ficado em casa.


Pedro,30, está nos aplicativos há anos e viveu várias situações por lá. Já teve bons encontros, maus encontros e, inclusive, conseguiu um namoro que durou anos.


Ele relata que o date ruim ocorreu recentemente. Conheceu uma mulher pelo aplicativo e o local escolhido para o primeiro encontro foi um cinema. O encontro prometia ser bom. Afinal, cinema é um ponto “tradicional”. Não tem como dar errado, certo? Bem, não foi o que aconteceu.


“Marcamos de irmos ao cinema, ela reclamou do preço do ingresso, reclamou da sala, reclamou do filme. Nunca mais nos vimos”, conta. Depois do festival de mau humor, não houve iniciativa de ambos os lados para um segundo encontro.


Vanessa,32, também usa os aplicativos há muito tempo. Ela chegou a se casar com um rapaz que conheceu virtualmente e a união durou 3 anos. Há um tempo eles terminaram e a jovem voltou a usar a plataforma. Nesse tempo, houve primeiros encontros ruins e também relacionamentos semelhantes ao “Golpista do Tinder”.


Um belo dia de setembro do ano passado, ela conheceu um rapaz. Educado, boa conversa, inteligente. Por um tempo Vanessa achou que tinha encontrado ouro.


Ele morava em outra cidade, mas sempre vinha para Cuiabá. O papo fluiu e ela estava encantada. Por 3 semanas, eles mantinham contato por mensagem e chamada de vídeo. Até que o rapaz sumiu de repente.


“Eu mandei mensagem perguntando o que tinha acontecido, mas ele não respondia. Visualizava e nada. Ai depois apareceu com desculpas que o relacionamento não ia dar certo, que o problema era ele e tal”, deixei pra lá.


Tudo ia bem até que um dia Vanessa estava passeando no shopping e o telefone tocou. Era ele. Dessa vez, a chamada para sair. Foram a uma lanchonete, mas ela já sentia que algo não estava certo.


“Logo que o beijei vi que não ia ser bom. Fomos para um local reservado e tudo foi ruim. Eu tinha criado tanta expectativa naquele homem, mas a decepção foi total. Ele dormiu, roncou e não me deixou dormir. No outro dia, ainda perguntou se eu me importava de dividir a conta. Eu disse que sim, que me importava e que nem tinha levado a carteira. Depois disso, nunca mais. Bloquei em tudo”, conta.


Decepcionada com os aplicativos e com os encontros, Vanessa apagou perfil, mas acabou conhecendo um rapaz via rede social. Ele parecia uma pessoa boa e a mulher tentou arriscar.


Nos primeiros 15 dias tudo foi muito intenso, de encantamento e romance. As saídas eram frequentes, ela foi apresentada ao filho do rapaz, aos amigos e até pedida em namoro.


“Eu achei tudo muito rápido, mas me permiti viver aquilo. Era tudo mil maravilhas, até que ele começou com uns papos esquisitos das dificuldades que passou, que pensava em se matar, fazia perguntas do tipo se eu iria sofrer se perdesse ele. Manipulador total”, relata.


Depois, o homem passou a contar que tinha dívidas, que devia agiota, cada dia era um problema financeiro diferente. Por duas vezes, ele pediu o cartão de crédito da jovem emprestado. Queria R$ 500, mas ela dizia que não tinha limite.


Até que um dia apareceu dizendo que tinham levado a moto dele e que precisava pagar para pegar de volta. ”Eu fiquei preocupada e tento ajudar as pessoas sempre que posso. Falei que só tinha R$ 250 e se ajudava. Ele disse que sim, pegou o dinheiro e depois mudou da água para o vinho”, lembra.


Os encontros passaram a ser esporádicos, as mensagens ficavam sem resposta ou o retorno demorava horas. As conversas eram em tom de lamentação e manipulação. Além do convívio ter diminuído muito.


“Ele não cumpria os compromissos comigo, as conversas eram tornas. Tudo ficou estranho. Eu decidi colocar um ponto final. Minha mãe quando o viu já disse que tinha algo estranho. Terminamos e ele não me pagou. Acho que está acostumado a dar esse tipo de golpe. Se fosse uma pessoa correta, teria tentado se explicar e devolvido o dinheiro. Ele simplesmente sumiu”, conta. O namoro terminou há poucos dias, mas ela está de volta aos aplicativos na esperança de conhecer um homem interessante e que não dê prejuízo financeiro.


Júnior, 24, tem histórias um tanto dramáticas e outras só ruins mesmo. Entre os vários encontros ele conta das vezes em que marcou com a garota e ela pareceu com alguma amiga. Ou que desmarcou na hora do date, quando ele já estava no local combinado.


Um encontro que foi marcante por ocorreu em um bar da Capital. O combinado era beberem uma cerveja, mas a menina exagerou e passou mal.


Outro date tinha tudo para dar certo, mas seguiu para um caminho não muito legal. Ele se encontrou com uma jovem e estava tudo indo bem, comeram, beberam e foram para outro local.


“Ela começou a passar mal, começou a se debater, tremer, disse que era crise de ansiedade. Eu não sei. Fiquei ali desesperado sem saber o que fazer. Isso nunca tinha acontecido. Foram uns 20 minutos assim. Ai ela melhorou e fomos embora. Nunca mais saímos”, relata.


Apesar dos desencontros, os 3 estão nos aplicativos e não se abalaram com os percalços de encontros mal sucedidos.
Foram colocados nomes fictícios para preservar suas identidades.

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