Vacina de sarampo é fundamental e ainda pode ser tomada

Com o surto de sarampo no Brasil, incluindo Mato Grosso, e a uma semana do show do Guns N’ Roses em Cuiabá, no dia 31 de outubro, a vacinação contra o vírus é fundamental. Com mais de 40 mil ingressos vendidos, o evento deve atrair visitantes de todo o Brasil e até de outros países, com cerca de 30% do público vindo de fora do estado. Até o momento, sete estados brasileiros já confirmaram casos de sarampo e a Bolívia também enfrenta um surto.

Especialistas reforçam que a imunização é a principal medida para reduzir os riscos de transmissão em eventos de grande público, como o show. Infectologista Carla Antunes afirma que, mesmo fora do prazo ideal para a eficácia máxima da vacina, a imunização é essencial. Ela lembra que situações em que se tem o vírus circulando no país é preciso a vacinação em qualquer tempo, para garantir maior segurança.

“A melhor estratégia é sempre se vacinar com antecedência, seguindo o calendário recomendado para garantir a proteção máxima no momento certo. Mas, se isso não foi possível, ainda assim é importante vacinar em qualquer tempo”. De acordo com ela, a vacina contém versões enfraquecidas ou inativas de vírus e bactérias, ou partes deles, que simulam a infecção sem causar a doença.

Ao reconhecer a “ameaça”, o sistema imunológico produz anticorpos e células de memória, que vão “lembrar” como combater aquela doença. “Desta forma, se infectado o corpo produz anticorpos contra a infecção antes que ela se desenvolva”. Antunes lembra que embora a vacina precise de tempo para gerar a proteção completa, tomar a dose “muito próximo da exposição ao vírus” pode não garantir imunidade imediata, mas ainda assim é recomendado tomar, pois mesmo uma proteção parcial é melhor do que nenhuma.

“Vacinar-se em cima da hora é melhor do que não se vacinar. É muito mais vantajoso ter uma proteção parcial e em desenvolvimento do que ficar totalmente desprotegido. A vacina pode, por exemplo, reduzir a gravidade da doença caso você seja infectado”. Destaca que o cenário de aglomerações de pessoas oferece um risco em potencial para disseminação de vírus entre regiões, especialmente se há baixa cobertura vacinal.

“O sarampo é altamente contagioso e pode se espalhar rapidamente em ambientes com grande circulação de pessoas”.

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