Família denuncia à polícia que vacina não foi aplicada corretamente em idosa

A família de Clarice Rodrigues de Arruda, de 68 anos, registrou boletim de ocorrência denunciando uma enfermeira de não aplicar corretamente a dose da vacina contra a covid-19 na idosa. O suposto descuido ocorreu na sexta-feira (23), em Santo Antônio do Leverger (34 km ao sul de Cuiabá).

De acordo com informações narradas no boletim de ocorrência, a imunização ocorreu em um posto de saúde de Mimoso, distrito de Santo Antônio do Leverger. A mulher foi levada para o local junto com o esposo, que também ia vacinar.

Os parentes gravaram a imunização. Nas imagens, a enfermeira aponta que Clarice mexeu o braço, e pede para que ela não faça isso. Em seguida, diz que aplicou a vacina.

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No entanto, ao chegarem em casa, os familiares compararam os vídeos do pai e da mãe, e notaram que no caso do homem, o imunizante foi completamente inserido. Já em Clarice, a seringa estava com pouco líquido.

Novamente comparando as imagens, eles chegaram à conclusão de que a seringa na verdade estava vazia. Eles então registraram o boletim de ocorrência.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com o Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT), que não foi formalmente informada sobre a denúncia. No entanto, após receber o vídeo, vai abrir procedimento para apurar a conduta da enfermeira. Veja a nota na íntegra:

Nota à Imprensa

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) informa que não recebeu denúncia formal sobre o possível caso de negligência na aplicação de vacina contra a covid-19 ocorrido na última quinta-feira (22.04), na cidade de Mimoso (MT).

A informação chegou à autarquia por meio de um vídeo enviado pela imprensa que mostra a contestável vacinação de uma senhora identificada em Boletim do Ocorrência, também recebido pelo Coren-MT, apenas como Clarice. No ato, o aplicador não teria injetado qualquer conteúdo imunizante no braço da senhora.

Diante do fato, o presidente do Coren-MT, Antônio César Ribeiro, determinou, de ofício, a abertura de procedimento ético para apurar os fatos. Se comprovada a negligência, o responsável pela aplicação irá responder éticamente junto ao conselho de classe.