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em até 90 dias 31.07.2025 | 17h46

Brasil pode sofrer sanção de 500% dos Estados Unidos devido a comércio com a Rússia

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White House/Reprodução

White House/Reprodução

Com o tarifaço passando a valer a partir da próxima semana, o Brasil pode enfrentar uma nova sanção dos Estados Unidos ainda mais severa em até 90 dias. O motivo: a relação comercial do Brasil com a Rússia. A tarifa poderia chegar a 500%, número 10 vezes pior do que os 50% anunciados na quarta-feira (30).

 

O indicativo do presidente norte-americano, Donald Trump, é para pressionar a Rússia a aceitar um acordo de paz com a Ucrânia. Na semana passada, ele ameaçou o país com uma tarifa de até 100% para as importações russas e de aplicar sanções a países que fazem negócios com eles, que é o caso brasileiro.

 

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A medida faz parte do Sanctioning Russia Actof 2025, projeto de lei bipartidário que vem ganhando força no Congresso americano. O principal defensor da proposta, o senador republicano Lindsey Graham, foi categórico. “Nossa legislação vai isolar a Rússia, colocando-a em uma ilha comercial ao impor tarifas pesadas a outros países que apoiam essas atrocidades.”

 

A fala não cita diretamente o Brasil, mas o recado é claro: países que resistem a romper laços com a Rússia podem ser atingidos com medidas econômicas ainda mais duras que as já aplicadas contra aliados estratégicos.

 

Ao lado dele, o senador democrata Richard Blumenthal reforçou o tom. “Países que continuam comprando petróleo, gás e urânio russos estão, na prática, financiando a máquina de guerra de Putin”, declarou, ao justificar a necessidade de sanções secundárias.

 

O projeto, apresentado por Graham e Blumenthal em abril, prevê sanções primárias à Rússia e sanções secundárias a países que mantêm negócios com ela, especialmente nas áreas de energia e minerais estratégicos. A medida autoriza o governo americano a aplicar tarifas de até 500% sobre produtos importados de países que negociem com Moscou, num esforço para cortar as fontes de financiamento da guerra na Ucrânia.

 

Com mais de 80 senadores de ambos os partidos apoiando a proposta, o texto já tem força suficiente para superar obstáculos legislativos no Senado, e deve ser votado nos próximos meses.

 

Senadores brasileiros confirmaram ameaça
A ameaça foi confirmada pela comitiva de senadores brasileiros que estiveram em Washington nesta semana. “Tanto republicanos quanto democratas foram firmes ao dizer que vão aprovar uma lei que vai criar sanções automáticas para todos os países que fazem negócios com a Rússia”, declarou o senador Carlos Viana (Podemos-MG) durante coletiva a jornalistas na quarta-feira (30).

 

O Brasil tem comércio com a Rússia principalmente envolvendo fertilizantes. O país é o maior comprador do tipo de insumo agrícola e está em uma posição “inegociável”, segundo o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

 

“Se nós vamos ser próximos, espero que não. Nós temos um agronegócio potentíssimo e nós temos dependência, praticamente 100%, de fertilizantes. Não tem fertilizante no anúncio classificado de nenhum jornal. O fertilizante falta no mundo inteiro, não está sobrando”, disse.

 

Trump já anunciou uma tarifa de 25% sobre a Índia, com a justificativa de ser uma espécie de “multa” devido ao comércio do país com a Rússia.

 

Tarifaço
Ontem, o presidente Donald Trump oficializou, por meio de uma ordem executiva, a tarifa de 50% anunciada por Trump no início do mês. No entanto, 694 itens ficaram de fora da taxação. Entre os itens que não receberão a tarifa, estão suco de laranja, aviões comerciais, combustíveis, petróleo e minério de ferro.

 

Commodities brasileiras com grande fluxo comercial para os Estados Unidos, como carne bovina, café e cacau, no entanto, não foram incluídas nas exceções e serão taxadas em 50%.

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Comentários

Marinaldo - 01/08/2025

Ainda tem trouxas que acreditam que a culpa é do Bolsonaro, isso que dá assistir a globolixo e seus pares Acorda Brasil!!!!

1 comentários

1 de 1

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O ano de 2000, além da virada do milênio, marcou a votação totalmente eletrônica no Brasil, contudo ainda há quem queira a volta da cédula impressa. Você prefere qual?

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