renda de R$ 218 per capita 21.10.2025 | 18h32
redacao@gazetadigital.com.br
Lyon Santos/MDS
Entre maio de 2023 e julho de 2025, o Brasil registrou uma significativa mudança no perfil socioeconômico da população de baixa renda. Segundo estudo do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) apoiado no Cadastro Único, mais de 14,17 milhões de pessoas deixaram a faixa de pobreza, que considera renda mensal per capita de até R$ 218. Nesse mesmo período, 6,55 milhões de famílias superaram essa linha de corte, elevando seu patamar de renda.
Em maio de 2023, eram 26,1 milhões de domicílios declarados nessa condição; em julho de 2025, o número caiu para 19,56 milhões — queda de 25%. O resultado é considerado fruto da combinação entre políticas sociais, melhorias no mercado de trabalho e aprimoramento do Cadastro Único. O ministro Wellington Dias reforçou o papel estratégico dessas ações: “A prioridade do governo do presidente Lula é tirar as pessoas da fome e da pobreza. A renda é um componente fundamental para as pessoas terem acesso aos alimentos (…) tiramos o Brasil do Mapa da Fome e as pessoas estão saindo da pobreza, seja pelo trabalho ou pelo empreendedorismo.”
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Os dados são extraídos da plataforma Monitora MDS, desenvolvida pela Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (Sagicad), e revelam ainda que a integração entre bases cadastrais ampliou a precisão no cruzamento de informações sobre renda formal e benefícios previdenciários. Rafael Osório, secretário responsável pela gestão do Cadastro Único, ressalta que a fusão entre sistemas reduz a necessidade de autodeclaração e desonera municípios nas atualizações cadastrais, tornando as políticas sociais mais focalizadas.
O documento também aponta que as taxas de saída da pobreza e da baixa renda seguem numa faixa de 4% a 6% desde agosto de 2024, indicando tendência estável de melhoria. No Cadastro Único, constam atualmente 41,6 milhões de famílias, equivalendo a 95,3 milhões de pessoas. Em relação às famílias unipessoais — aquelas compostas por só uma pessoa —, houve queda de 39% nos registros com renda mensal per capita até meio salário mínimo (de 9,92 milhões para 6,04 milhões). Paralelamente, no Bolsa Família, o número de unidades unipessoais nessa faixa caiu 29%, passando de 5,49 milhões para 3,87 milhões.
Outro avanço destacado foi a Lei nº 15.077, de dezembro de 2024, que tornou obrigatória a entrevista domiciliar para inclusão ou atualização de famílias unipessoais no Bolsa Família e no BPC (exceto para indígenas, quilombolas e população em situação de rua). Esse dispositivo ajudou a elevar de 11,5% para 40,2% a proporção nacional de cadastros e atualizações domiciliares de janeiro a julho de 2025.
Além disso, o MDS investiu R$ 200 milhões entre 2023 e 2024 no Procad/SUAS — Programa de Fortalecimento Emergencial do Atendimento do Cadastro Único no Sistema Único de Assistência Social — com foco na qualificação do cadastro, atualização domiciliar e busca ativa de famílias vulneráveis.
Em 2025, o número de municípios que executaram os recursos saltou de 3.013 para 4.818 até julho, refletindo expansão da capilaridade dos serviços e fortalecimento institucional no âmbito municipal.
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