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9 dias em greve 23.12.2025 | 14h53

Federações de sindicatos dos petroleiros se dividem sobre futuro da greve na Petrobras

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Fernando Frazão/Agência Brasil

Fernando Frazão/Agência Brasil

As duas principais federações que reúnem sindicatos de trabalhadores da Petrobras não se entendem em relação à continuidade da greve de petroleiros, que entrou no nono dia nesta terça-feira (23). A Federação Única dos Petroleiros (FUP) decidiu por encaminhar o fim, enquanto a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) defende a paralisação.

 

A FUP, que representa 105,4 mil trabalhadores da Petrobras, informou na noite de segunda-feira (22) que o conselho deliberativo da entidade aprovou o indicativo de aceitação da contraproposta apresentada pela Petrobras no domingo (21) e a suspensão da greve.

 

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A FUP, que representa 14 sindicatos, considera que o movimento grevista alcançou avanços nas principais reivindicações e acrescenta que, entre os pontos acordados com a Petrobras, está a garantia de que não haverá punições aos grevistas, abono de 50% dos dias parados e o desconto dos demais sem reflexos ou a opção por banco de horas.

 

“A greve garantiu avanços econômicos, sociais e estruturais no Acordo Coletivo de Trabalho, incluindo pagamento de abono, reajustes nos vales alimentação e refeição, criação de auxílio alimentação mensal, redução da participação dos trabalhadores nos custos de transporte e deslocamento”, descreve a FUP, que lista ainda avanços em relação ao plano de saúde.

 

A FUP informou à Agência Brasil que as unidades que estão em greve permanecem paralisadas até a realização das assembleias que já estão ocorrendo, conforme o calendário de cada sindicato.

 

Na manhã desta terça-feira (23), petroleiros da Refinaria Henrique Lage (Revap), na cidade paulista de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, aprovaram por 89% dos votos a suspensão do movimento.

 

Pela continuidade
A FNP, que representa 26 mil funcionários de quatro sindicatos, considera insuficiente as concessões da Petrobras. Na tarde desta terça-feira, uma sessão plenária decidiu por manter os braços cruzados.

 

O secretário-geral da FNP, Eduardo Henrique Soares da Costa, informou à Agência Brasil que nova assembleia está marcada para depois do dia 26.

 

“Seguimos rejeitando, e a greve continua forte”, declarou.

 

Nas redes sociais, a FNP mobiliza parte da categoria e lembra que “as assembleias dos grevistas são soberanas a qualquer deliberação dos sindicatos”.

 

Reivindicações
A greve chegou a atingir nove refinarias, 28 plataformas de produção marítima, 16 terminais operacionais, quatro termelétricas, duas usinas de biodiesel e dez instalações terrestres operacionais.

 

Entre as principais reivindicações que levaram à paralisação estão:

 

Melhorias no plano de cargos e salários;
Solução para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros (fundo de pensão da categoria);
Defesa da pauta Brasil Soberano, que defende a manutenção da Petrobras como empresa pública e um modelo de negócios voltado ao fortalecimento da estatal.


Sobre a questão relacionada ao Petros, a diretoria executiva da Petrobras encaminhou, na segunda-feira, uma carta compromisso aos sindicatos, apontando que uma solução precisará de um processo que pode durar 8 meses.

 

Petrobras
Por meio de nota enviada à Agência Brasil, a Petrobras confirmou que apresentou, no domingo, ajustes na proposta de acordo coletivo de trabalho, “contemplando avanços nos principais pleitos sindicais”.

 

De acordo com a estatal, com essa medida, a companhia demonstra “compromisso com o entendimento com a categoria e busca a suspensão do movimento grevista”.

 

A empresa informou que a greve não causou impacto à produção, e o abastecimento ao mercado segue garantido, sem alterações. Equipes de contingência foram mobilizadas onde necessário.

 

“A companhia respeita o direito de manifestação dos empregados e se mantém aberta ao diálogo com as entidades sindicais”, finaliza.

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