tributo 18.10.2025 | 09h31
Reprodução/Record News
O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) aparece na fatura do cartão internacional, no contrato de empréstimos e na compra de moeda estrangeira, mas poucos compreendem seu funcionamento.
O tributo incide sobre crédito, câmbio, seguros e investimentos, servindo não só para arrecadar, mas também como instrumento de política econômica — razão pela qual costuma estar no centro de disputas entre governo e oposição.
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Criado pela Constituição de 1988 como imposto de competência da União, o IOF é regulamentado por decreto presidencial, o que permite alterações rápidas nas alíquotas.
Essa flexibilidade explica sua presença recorrente em momentos de ajuste fiscal. Quando há necessidade de ampliar a arrecadação, uma simples modificação pode gerar bilhões em curto prazo.
Por outro lado, mudanças nas alíquotas impactam diretamente o cotidiano da população, pois encarecem ou barateiam operações financeiras comuns.
O imposto aparece em situações corriqueiras: quem contrata empréstimos ou financiamentos paga o IOF embutido no custo do crédito; quem compra moeda estrangeira ou envia dinheiro para fora do país arca com o tributo nas operações de câmbio.
O mesmo ocorre em compras internacionais no cartão de crédito, que incluem o imposto, e em aplicações financeiras de curto prazo, quando o resgate antecipado reduz parte do rendimento.
Além da função arrecadatória, o IOF tem caráter extrafiscal. Pode desestimular empréstimos em períodos de crédito acelerado ou encarecer operações cambiais em cenários de risco de fuga de capitais.
Quando há pressão no câmbio, o governo pode ajustar o imposto para conter saídas de recursos, o que o transforma em ferramenta de regulação monetária e do mercado financeiro.
Disputa em torno da MP do IOF
O tributo voltou ao debate com a edição de uma medida provisória que alterou alíquotas sobre crédito e câmbio.
A oposição criticou a mudança, alegando aumento indireto da carga tributária sem aprovação do Congresso, enquanto o governo defendeu a agilidade da medida como necessária para enfrentar crises e preservar o equilíbrio fiscal.
A discussão expôs tensões entre Executivo e Legislativo, evidenciando o impacto imediato do IOF no orçamento das famílias.
Cada ajuste é sentido rapidamente:
- Alterações no crédito elevam o custo de financiamentos;
- Mudanças no câmbio tornam viagens e compras no exterior mais caras;
- Resgates antecipados em investimentos podem render menos.
Por sua natureza flexível e efeitos diretos sobre o bolso do cidadão, o IOF permanece no centro do noticiário e das disputas políticas, influenciando tanto a economia quanto o dia a dia dos brasileiros.
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