congresso e governo 09.07.2025 | 15h01
Ton Molina/Foto Arena/Estadão Conteúdo
A reunião entre representantes do Congresso e ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na noite de terça-feira (8), serviu como uma retomada de diálogo entre os dois Poderes, que se distanciaram desde o fim de junho pela disputa pelo IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
A avaliação é reproduzida pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que considerou positiva a conversa com o titular da Fazenda, Fernando Haddad, e com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
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Apesar de não ter chegado a um acordo pelo IOF, a etapa foi “importante para a retomada do diálogo”. Outras tentativas de avanço ao debate devem ser retomadas ao longo dos próximos dias. Um líder governista que participou do encontro também avaliou a conversa como um “recomeço”.
A expectativa de outras lideranças, conforme apurou o R7, é de que o Congresso tente chegar a um alinhamento com o Planalto antes da audiência de conciliação no STF (Supremo Tribunal Federal) no próximo dia 15.
Sob reserva, parlamentares consideram que os Poderes devem tentar chegar “à mesma página”, para evitar com que todas as etapas de discussão dependam do Supremo.
Lideranças também defendem que a derrubada dos decretos do IOF não foi inconstitucional, conforme tem sido destacado pelo governo Lula. E sustentam que, com aumento, haveria impacto negativo à economia.
Uma audiência no Supremo, conforme foi definido pelo ministro Alexandre de Moraes, também foi questionada por uma ala do Congresso. A avaliação de oposicionistas é que o pedido vai além das competências da Corte.
Governo defende aumento
Em outra frente, governistas defendem que o STF retome o aumento do IOF para aumentar a arrecadação e evitar que haja novos cortes das contas públicas. Essa posição tem sido reforçada pela equipe econômica, com destaque ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Horas antes da reunião, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse acreditar em um acordo pelo IOF e defendeu mudanças em gastos tributários.
“No passado, chegou-se a cortar até dinheiro para ciência, tecnologia, inovação, porque não se acreditava nisso. Tirou-se dinheiro de Farmácia Popular, de políticas sociais e nunca se conseguiu mexer com o andar de cima — ao qual eu pertenço, ao qual muitos de nós pertencemos“, disse, durante audiência no Congresso.
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