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Dispensado por Ronaldo Fenômeno 20.09.2022 | 10h05

Vetado no Santos e traído na política, Luxa quer futebol de volta às origens

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Reprodução/Instagram

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Aos 70 anos, Vanderlei Luxemburgo vive o que indica ser os seus últimos anos no futebol. Dispensado por Ronaldo Fenômeno do Cruzeiro no fim do ano passado, o experiente treinador não se recolocou ainda em outro clube. Nesse período desempregado, foi traído na política e esteve perto de assumir o Santos, mas seu nome foi vetado pelo Comitê de Gestão do clube após a demissão de Lisca.

 

O treinador disputaria uma vaga ao Senado pelo PSB-TO, mas o diretório estadual do partido removeu a sua candidatura no início do mês de agosto. Na ocasião, Luxemburgo avaliou ter sido ‘apunhalado nas costas‘. Após o episódio, cogitou até processar a sigla pela ‘postura ditatorial e rasteira‘ e decidiu não concorrer a nenhum outro cargo político no pleito deste ano.

 

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‘Fui traído no futebol e na política‘, diz ele, rindo da própria situação. A traição que cita no futebol é a dispensa do Cruzeiro depois que o clube mineiro virou SAF (Sociedade Anônima do Futebol). ‘Tinha o pensamento de resgatar o Cruzeiro. Veio o Ronaldo e ele optou por outra situação. É um direito que ele tem‘, recorda-se.

 

Luxemburgo tem empresas no Tocantins. Entre seus principais negócios está a TV Jovem, afiliada da TV Record. Pensando na eleição, ele rodou semanas pelo Estado com a equipe da emissora para conhecer o interior tocantinense. ‘O Brasil precisa de jovens discutindo política, senão não vai melhorar nunca‘, reflete o treinador.

 

Nesse período, diz ter recebido ‘uma porção de propostas‘ no futebol. A última delas foi do Santos, para onde voltaria não fosse o veto do Comitê de Gestão do clube. ‘Eu dei uma parada. Talvez até volte. Experiência é experiência. O cara experiente não pode ser confundido com o ultrapassado‘.

 

Luxemburgo estava contente com a ideia de iniciar sua quinta passagem como técnico do Santos, clube pelo qual tem carinho e conquistas e alguns desafetos. Seu plano era comandar a equipe até o fim da temporada e, no próximo ano, virar coordenador técnico, repetindo Felipão no Athletico-PR. Mas seu nome não foi aprovado pelos dirigentes e conselheiros santistas.

 

‘Não larguei a bola ainda. Essa por** é tão gostosa que dá vontade de voltar a estar dentro do campo‘, havia avisado o treinador, aos risos, sem largar os tradicionais palavrões de sua carreira, dias antes de receber a proposta do time da Baixada Santista, que vive temporada sem dinheiro, com elenco reduzido e atualmente sem treinador após a demissão de Lisca depois de oito jogos no comando.

 

Luxemburgo quer continuar sua trajetória como técnico, que completará 40 anos em 2023, para fazer com que o futebol brasileiro retorne às suas origens, no qual Pelé, Garrincha e outros craques jogavam com ‘empirismo‘ e ‘capacidade de improviso‘, nas palavras do treinador. ‘Não podemos ficar tão presos a esquemas táticos‘, opina. ‘Eu acho que ainda tenho um tempinho para discutir essas questões. Pouco tempo, mas vou conseguir discutir‘.

 

GLOSSÁRIO DO LUXA
Luxa começou uma cruzada contra a terminologia atual do futebol nacional porque entende que o novo vocabulário, com termos como ‘extremos desequilibrantes‘ em vez de ‘pontas dribladores‘ não representa modernidade. Convidado para palestrar na Brasil Futebol Expo há algumas semanas, em São Paulo, o técnico apresentou o seu insólito glossário, traduzindo expressões usadas por treinadores em atividade no futebol nacional.

 

‘Moderno é o car****‘*, terminologia não é por** nenhuma. Temos de falar o futebol da maneira do brasileiro‘, esbravejou o treinador multicampeão com Corinthians, Palmeiras e Santos, entre outros. Também comandou a seleção brasileira e passou sem brilho pelo Real Madrid. ‘A terminologia não traz modernidade para o futebol. Nos temos a nossa própria. Os estrangeiros só trouxeram uma nova para gente usar‘.

 

No dicionário ‘luxemburguês‘, ‘sair da zona da pressão‘ virou ‘tira a bola daí, dá um chutão, car****‘, ‘marcar em bloco‘ passou a ser ‘fechar a casinha‘ e ‘jogo apoiado‘ se transformou em ‘vem jogar, car****‘‘. Luxemburgo espera uma proposta de trabalho para a próxima temporada.

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