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governo alberto fernandéz 16.09.2021 | 15h12

Argentina; cinco ministros apresentam renúncias após revés nas eleições primárias

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Foto: Telam

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Cinco ministros apresentaram na última quarta-feira (15) suas renúncias ao presidente da Argentina, Alberto Fernández, que ainda deve decidir se as aceita, após o forte revés eleitoral nas primárias legislativas, que resultou em uma crise política dentro da aliança de centro-esquerda.

 

O ministro do Interior, Wado de Pedro, foi o primeiro a oferecer sua renúncia. Em seguida, foi seguido pelos titulares das pastas da Justiça, Martín Soria; da Ciência, Roberto Salvarezza; do Meio Ambiente, Juan Cabandié; e Cultura, Tristán Bauer, considerado próximo da vice-presidente Cristina Kirchner.

 

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Fernández, reunido na sede do governo com seus funcionários mais próximos, ainda não anunciou sua decisão.

 

“Ouvindo suas palavras na noite de domingo, onde levantou a necessidade de interpretar o veredito expresso pelo povo argentino, considerei que a melhor forma de colaborar com esta tarefa é colocando minha demissão à sua disposição”, escreveu De Pedro no carta que apresentou Fernández.

 

No domingo, nas primárias para eleger candidatos para as legislaturas de meio de mandato, a coalizão governista Frente de Todos (peronismo de centro-esquerda) obteve menos de 31% dos votos em todo o país, revelando uma rejeição do eleitorado muito maior do que imaginavam os líderes políticos e as pesquisas.

 

A coalizão de centro-direita Juntos, do ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019), obteve 40% dos votos em nível nacional e levou cinco pontos de vantagem sobre o partido no poder na província da capital Buenos Aires, tradicional reduto peronista.

 

Como o voto na Argentina é obrigatório, as primárias se tornam uma espécie de pesquisa em grande escala. Nesse caso, o resultado faz com que o governo tema perder a maioria no Senado e impossibilita sua consolidação na Câmara dos Deputados quando, em 14 de novembro, terão eleições para uma renovação parcial do Congresso.

 

Pobreza e FMI


Fernández, sem força política própria, assumiu o cargo em dezembro de 2019 com uma chapa promovida pela ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015), agora vice-presidente.

 

Durante sua gestão, Fernández teve que enfrentar a pandemia de covid-19 e o aprofundamento da crise econômica que deixou quase metade da população na pobreza.

 

Com a popularidade em declínio, Kirchner tem criticado no último ano a gestão de Fernández, revelando divergências internas e até referindo-se a "funcionários que não trabalham".

 

A Argentina acumula até agosto um aumento da inflação de mais de 30%, entre as mais altas do mundo, e um índice de pobreza de 42%, em meio a uma recessão que dura desde 2018.

 

O governo também deve negociar com o Fundo Monetário Internacional (FMI) um acordo de ampliação das facilidades para substituir o Stand-By assinado em 2018 durante o governo Macri e pelo qual deve 44 bilhões de dólares.

 

Nesta mesma quarta-feira, horas antes da crise em seu gabinete, Fernández fez alusão a essa negociação e disse que é preciso "levá-la adiante e consegui-la".

 

“Se tivéssemos que lidar com o pagamento de 19 bilhões de dólares (a partir de 2022) as condições seriam diferentes, não só as condições de investimento dos empresários, mas também as possibilidades do Estado de promover o desenvolvimento que queremos”, afirmou Fernández, referindo-se ao projeto de orçamento para o próximo ano.

 

Até o momento, a negociação com o FMI, que divide a coalizão governista, foi adiada, inclusive para evitar que eventuais medidas de ajuste acordadas com o Fundo impactem as eleições parlamentares de meio de mandato.

 

Uma foto na companhia dos titulares das pastas de Economia, Martín Guzmán, e de Produção, Matías Kulfas, entre as mais questionadas por Kirchner, foi publicada sem comentários pelo presidente em sua conta no Twitter após receber as renúncias de seus outros ministros.

 

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