rombo de R$ 400 milhões 30.10.2024 | 08h39
redacao@gazetadigital.com.br
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Atualizada às 10h35 - Ex-presidente da Unimed, Rubens de Oliveira Júnior, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (30). Ele é alvo da Operação Bilanz, que apura o rombo de R$ 400 milhões na cooperativa. A PF confirmou a prisão de 6 pessoas e, diferente do que foi informado, Rubens não foi preso em Minas Gerais e sim, uma mulher não identificada.
Além de Rubens, também estão presos Ana Paula Perizotto e Eroaldo Oliveira. Segundo apurou o , esses dois já estão na sede da PF em Cuiabá, onde prestam depoimento para o delegado Daniel Rocha.
Eroaldo foi nomeado como o primeiro CEO (Chief Executive Officer) da Unimed Cuiabá. Ele é economista. Já Ana Paula era superintendente administrativo-financeira da instituição na época dos fatos.
Investigação identificou práticas ilícitas da gestão financeira e administrativa da entidade. Uma delas, foi observada nos documentos contábeis apresentados à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Os investigados ocultaram um déficit de cerca de R$ 400 milhões no balanço patrimonial da entidade em 2022. Agora, a PF e o MPF apuram crimes de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O MPF requereu o cumprimento de mandados de busca e apreensão, afastamento de sigilos telemático, financeiro e fiscal, além do sequestro de bens dos investigados.
Os 6 alvos de prisão são todos ex-administradores e prepostos da entidade, mas os nomes não foram confirmados. "As autoridades manterão o público informado sobre os desdobramentos da operação, respeitando os limites legais de divulgação", diz o MPF.
Esquema na mira
A Unimed Cuiabá – que é a operadora de saúde suplementar de maior abrangência do Estado, com 220 mil usuários, possuindo 60% de market share e tendo 1.381 médicos cooperados – descobriu um prejuízo contábil de R$ 400 milhões.
Em março de 2023, após uma disputa eleitoral histórica na qual os cooperados elegeram o médico urologista Carlos Bouret para presidir a Unimed Cuiabá, deu-se início à descoberta de uma série de anormalidades que estavam sendo cometidas pela gestão anterior, que tinha como presidente o médico Rubens de Oliveira.
Além de Rubens, a ex-gestão era composta pelo ex-CEO, Eroaldo Oliveira, e o ex-presidente do Conselho de Administração, João Bosco Duarte.
Em 27 de junho, os cooperados reunidos em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) tiveram conhecimento dos resultados apresentados pela auditoria, PP&C Auditores Independentes, quanto ao balanço revisado. Conforme relatório, existia uma perda de aproximadamente R$ 400 milhões no balanço fiscal de 2022, contrapondo os R$ 371,8 mil positivos que haviam sido apresentados pela gestão anterior.
As irregularidades apontadas pela auditoria contratada evidenciaram uma administração incorreta, que comprometeu a saúde financeira da Unimed Cuiabá. Dentre pontos críticos estavam a construção de dois empreendimentos - a sede do hospital próprio e um espaço de cuidados terapêuticos - que custaram R$ 95 milhões e não foram entregues em sua totalidade. (Com informações da assessoria de imprensa)
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