PM chora, diz que está arrependido e que 'destruiu a família'

Apesar do silêncio durante o depoimento após ser preso em flagrante por feminicídio, na madrugada desta segunda-feira (26), Ricker Maximiano de Moraes, 32, policial militar que matou a esposa Gabrieli Daniel de Sousa, 31, afirmou que está arrependido e que “destruiu a família”.  

A informação foi repassada pela defesa do policial, patrocinada pelo advogado Rodrigo Rabelo Neri. Segundo ele, Ricker estava bastante abalado, chorava muito e se mostrava arrependido. Porém, não quis se manifestar durante o flagrante.

Agora, ele está sob custódia em um batalhão da Rotam e vai passar por audiência no fórum a partir das 13h30. A motivação do crime não foi informada ao delegado que cuida do caso, Edison Pick, nem mesmo para os advogados de defesa.

Passava das 17h20 de domingo (25) quando a polícia foi acionada para uma ocorrência de feminicídio no bairro Praeirinho. Quando a equipe chegou, encontrou o corpo de Gabrieli na cozinha da casa.  

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A morte já tinha sido confirmada pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ela estava ferida com 3 tiros de calibre .40. Uma testemunha contou que não ouviu nenhuma briga, apenas os disparos de arma de fogo.  

Porém, pensou que se tratava de fogos, já que na hora o jogo do Flamengo estava terminando. Depois, saiu na rua e viu o policial fardado saindo de casa com os dois filhos.  

O PM levou os dois filhos do casal, de 3 e 5 anos, para a casa do pai, em Cuiabá. Lá, ele deixou o carro utilizado na fuga e a arma do crime. Polícia Militar chegou antes do local, pegou a arma. 

Delegado Pick ainda acusou a PM de mexer na cena do crime. Já na madrugada de segunda, ao se apresentar na delegacia, a arma também foi entregue. Caso segue sob investigação.