Adilton Sachetti intensifica conversas e se aproxima de Wellington Fagundes

Se não tem tu, vai tu mesmo. Esta parece ter sido a premissa que levou o deputado federal Adilton Sachetti (PRB) a intensificar as conversas com Wellington Fagundes (PR), pré-candidato ao governo do Estado, desde que seu espaço diminuiu no grupo de Mauro Mendes (DEM).

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Interlocutores do deputado admitem, no entanto, que Sachetti enxerga Fagundes como a opção eleitoralmente mais fraca entre os três pré-candidatos.

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O republicano, por outro lado, tem apostado no diálogo amplo, sem vetar nenhum nome, para construir uma chapa profundamente oposicionista. Os dois ainda não se encontraram pessoalmente nesta semana, mas têm se falado por telefone desde o começo da pré-campanha.

Em Cuiabá há poucos dias, Fagundes tem articulado sem dar muitas declarações e tenta criar mais do que espaço para Sachetti. Acredita que o ex-prefeito de Rondonópolis pode fortalecer seu grupo com a simbolização da vinda do agronegócio para a chapa. Esta pré-campanha tem sido uma das mais difíceis da vida do deputado federal.

Sachetti tem se desdobrado na tentativa de conseguir ser candidato ao Senado. Eleito prefeito de Rondonópolis em 2004, com a ajuda do então governador Blairo Maggi (PP), e deputado federal em 2014, na chapa de Pedro Taques (PSDB), o parlamentar jamais havia experimentado uma configuração tão complexa.

Otmar de Oliveira

Nas duas ocasiões em que se elegeu, conseguiu surfar no boom político das novidades (Maggi e Taques, respectivamente). Neste ano, a neutralidade anunciada pelo ministro acabou o prejudicando.

Nos bastidores, a tese é de que, com Maggi, o ambiente certamente seria menos inóspito no grupo de Mauro Mendes, onde Sachetti perdeu espaço para a pré-candidatura de Carlos Fávaro (PSD). Além disso, o deputado estaria contrariando interesse de Jayme Campos (DEM), que também disputa o Senado e temeria um aliado muito semelhante no mesmo grupo.

Segundo interlocutores do ex-senador, Jayme acredita que o ambiente de ‘renovação’ destas eleições, que impulsiona nomes como o da ex-juíza Selma Arruda (PSL) deixará pouco espaço para os políticos tradicionais. Sachetti, conforme esta avaliação, poderia tirar votos do democrata.

Por conta desse cenário, apesar de o grupo de Mendes sempre ter sido sua primeira opção, Sachetti conversou com Pedro Taques. Mas o diálogo com o governador foi tão frustrante quanto, uma vez que o interesse do tucano em trazer para seu grupo Selma Arruda acabou empurrando para Sachetti um convite para ser vice.

Ao que tudo indica, a movimentação do deputado federal do PRB de aproximação com Fagundes tem sido para mostrar a Mendes, Blairo e Taques que sua eleição e candidaturas são possíveis, não importa o que digam.