EMBATE POR REAJUSTES 14.11.2025 | 08h11

redacao@gazetadigital.com.br
Montagem GD
O embate verbal entre o governador Mauro Mendes (União) e o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues, avançou para ofensas mútuas em decorrência do aumento salarial de 6,8% para os servidores do Poder Judiciário mato-grossense.
Após ser publicamente chamado de "mal-educado" pelo governador Mauro Mendes, o presidente do Sinjusmat, rebateu a fala do chefe do executivo dizendo que: "A boca do governador está muito suja, ele está precisando lavar".
A fala acentua o embate que já dura mais de três semanas e que paralisa um projeto crucial para a categoria depois de pedidos de vista dos deputados da base do governador. Mauro recorreu a termos contundentes para rebater as críticas que vinha sofrendo do Sinjusmat por ser contra o aumento de 6,8% para o Judiciário. O governador havia sido acusado pelo sindicato de interferir na autonomia do Poder, utilizando a base aliada na Assembleia Legislativa (ALMT) para travar a votação do projeto.
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Em entrevista, o governador reagiu às acusações, incluindo a de que teria sido chamado de "brucutu" pelo líder sindical: "Não tenho medo de enfrentar mal-educados que falam asneiras", disparou o governador, referindo-se a Rosenwal Rodrigues e a outros críticos. Mendes elevou o tom, afirmando que o sindicalista estaria falando "merda" ao contestar sua posição contrária ao reajuste.
Reajuste e votação na ALMT
O motivo do atrito é o reajuste salarial que o Judiciário defende, Mendes argumenta que o aumento de 6,8%, embora aprovado dentro do orçamento do Poder Judiciário, geraria um "efeito cascata" com impactos financeiros de R$ 1,6 bilhão nas contas do estado, caso fosse estendido a outras categorias do funcionalismo público.
Por sua vez, Rosenwal Rodrigues, na posição anterior à resposta do governador, já havia acusado o Executivo de "abuso de poder" e de agir por meio de "forças ocultas" na ALMT para adiar a votação. Foi nesse contexto de alta tensão, com o projeto paralisado por pedidos de vista de deputados da base, que o sindicalista teria feito a crítica inicial chamando o governador de "brucutu".
O sindicato e o Poder Judiciário têm reiterado que o reajuste de 6,8% não impactará as contas do Governo do Estado. A categoria garante que o aumento será integralmente custeado com recursos próprios do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), dentro do limite orçamentário e financeiro já estabelecido para o Poder Judiciário.
A paralisação do projeto, portanto, é vista pelo Sinjusmat como uma interferência política que desconsidera a autonomia e a capacidade financeira do próprio TJMT.
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