Em depoimento 14.05.2020 | 08h23
Reprodução
A Polícia Federal ouviu na tarde desta quarta-feira (13), Carlos Henrique Oliveira de Sousa, atual diretor executivo da corporação e o último superintendente no Rio de Janeiro, quando virou alvo dos pedidos de substituição do presidente Bolsonaro para Sérgio Moro, juntamente com o diretor-geral da PF.
Em seu depoimento, Sousa afirmou que no comando da superintendência da PF no Rio, nunca recebeu pedidos por relátorios de inteligência ou sobre quaisquer investigações a pedido da Presidência da República ou do presidente Jair Bolsonaro.
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Sousa garante que não presenciou interferência nos trabalhos desenvolvidos pela Polícia Federal enquanto estava à frente das Superintendência de Pernambuco e do Rio de Janeiro. Disse também que não manteve interlocução direta com o presidente ou familiares quando assumir o comando da PF no Rio.
Ao comentar sobre os inquéritos envolvendo familiares do presidente, Sousa afirmou ter conhecimento apenas de uma investigação no âmbito eleitoral, que já foi relatada e não apresentou indiciamento.
Questionado sobre eventuais problemas de produtividade na Superintendência do Rio, ele disse que quando assumiu o cargo no melhor momento da regional, alcançado durante a gestão de Ricardo Andrade Saadi.
O depoimento aconteceu na sede da PF em Brasília, simultaneamente ao depoimento da deputada federal Carla Zambelli e de Alexandre da Silva Saraiva, superintendente no Amazonas.
A oitiva foi acompanhada por representantes da PGR (Procuradoria Geral da República), da AGU (Advocacia Geral da União) e de um dos advogados que representa Sérgio Moro no processo.
Já prestaram esclarecimentos no caso, além de Moro, o ex-diretor-geral da PF Maurício Valeixo, Alexandre Ramagem, um dos indicados para substituir Valeixo por Bolsonaro, Ricardo Saad, outro ex-superintendente da PF no Rio de Janeiro, e os ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, e Walter Braga Netto, da Casa Civil.
Ontem, Moro e representantes da AGU, da PGR e do STF também assistiram a reunião ministerial de 22 de abril, apontada pelo ex-ministro em seu depoimento, como prova das intenções de Bolsonaro de interferir na Polícia Federal.
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