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'precisa ser justo' 07.09.2025 | 11h19

Marina Sillva pede apoio a países pobres para fim dos combustíveis fósseis

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Marcelo Camargo/Agência Brasil

Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, pediu o fim do uso dos combustíveis fósseis e do desmatamento, considerando as limitações de cada país. Em Adis Abeda, capital da Etiópia, a ministra participou na sexta-feira (5) do encerramento do Balanço Ético Global, iniciativa do Brasil em parceira com as Nações Unidas (ONU) para aumentar a participação da sociedade civil na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro em Belém.

 

“Precisamos iniciar o planejamento de forma justa para o fim do desmatamento e o fim dos combustíveis fósseis. Não podemos mais continuar sem atacar as causas da mudança do clima”, enfatizou a ministra.

 

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Para acabar com a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento, que estão entre as principais causas da geração de gases que provocam o aquecimento global, raiz da crise climática, Marina pondera que é preciso considerar as diferenças entre os países.

 

“Para tanto, há que considerar as diferenças entre países, suas necessidades, dificuldades e circunstâncias nacionais, abordando esse desafio tanto pelo lado da produção, quanto do consumo. Esse processo precisa ser justo, inclusive, para pessoas, países e regiões e, sobretudo, para os mais vulnerabilizados”, completou a ministra.

 

Para Marina Silva, o grande desafio da transição energética é ajudar os países que não têm condições econômicas de abandonar os combustíveis fósseis por conta própria.

 

“O grande desafio é que a gente possa fazer uma transição justa e planejada para o fim de combustível fóssil, acelerando a energia renovável, ajudando os países que, às vezes, têm que usar carvão, têm que usar lenha, para que possam ter também outras alternativas”, acrescentou.

 

Adversários poderosos
Ainda segundo a ministra, o combate às mudanças climáticas enfrenta a oposição de "poderosos", que se opõem aos esforços para a transição energética.

 

“Existem aquelas pessoas que não querem enfrentar a mudança do clima. Infelizmente, uma grande quantidade delas no mundo têm muito poder, com muita tecnologia, com muito dinheiro, e não é fácil de enfrentá-las”, acrescentou.

 

Com o retorno de Donald Trump à presidência, os Estados Unidos (EUA) anunciaram a saída do Acordo de Paris, compromisso internacional para evitar que a temperatura média da Terra suba mais que 1,5 ºC acima dos níveis pré-industriais ─ limite considerado um ponto de não retorno para a recuperação do meio ambiente.

 

Em seu mandato anterior, o republicano já havia tomado essa medida, que havia sido revertida durante o governo do democrata Joe Biden, que o sucedeu.

 

Trump também autorizou a exploração de petróleo sem limites, acabou com subsídios para carros elétricos e desmontou políticas para transição energética.

 

Já as gigantes da tecnologia, as big techs estadunidenses, têm anunciado apoio aberto às políticas da Casa Branca. Em um jantar na quinta-feira (4), em Washington, chefes da Meta (dona do Facebook, Instagram e Whatsapp), Apple, Microsoft e OpenIA agradeceram a “liderança” de Trump, enquanto prometem investimentos no país.

 

Financiamento
A ministra Marina Silva ponderou ainda que, após mais de 30 anos de discussões sobre mudanças climáticas, apenas na COP28, em 2023, nos Emirados Árabes Unidos, é que foi definido a necessidade de abandonar o uso dos combustíveis fósseis, além de triplicar a energia renovável e duplicar a eficiência energética.

 

Na COP30, no Brasil, o governo espera que sejam definidas as metas para se chegar a esse objetivo, assim como o desmatamento zero até 2030. “Todos têm os meios para fazer isso? Claro que não, e precisarão ser ajudados para poder conseguir fazer essa transição”, ponderou.

 

Na COP29, do Azerbaijão, foi definido que os países desenvolvidos devem fornecer, pelo menos, US$ 300 bilhões por ano até 2035 aos países em desenvolvimento, para ajudá-los na transição energética, com convocação às nações para alcançar US$ 1,3 trilhão anuais em 2035.

 

Entre os objetivos da presidência brasileira na COP30, está criar os mecanismos financeiros para viabilizar esse financiamento para transição energética e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

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