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Política Nacional - A | + A

em apuração 02.06.2025 | 08h55

Nesta semana, Bolsonaro é ouvido pela PF em investigação sobre Eduardo nos EUA

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Alan Santos/PR - arquivo via R7

Alan Santos/PR - arquivo via R7

A PF (Polícia Federal) começa nesta segunda-feira (2), a partir de ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), a ouvir testemunhas no inquérito que apura a atuação do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos.

Entre os depoentes da semana estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ). Eduardo prestará esclarecimentos por escrito, uma vez que permanece fora do país.

 

O primeiro a ser ouvido será Lindbergh. O petista acusa o parlamentar do PL de usar um país estrangeiro para proteger o pai, em ação que, segundo ele, atenta contra a soberania nacional.


“Reunimos registros de diversas publicações nas redes sociais do deputado licenciado que confirmam as denúncias encaminhadas à Procuradoria-Geral da República. Há documentos, vídeos e declarações realizadas nos Estados Unidos com conteúdo contrário aos interesses do Brasil, do STF e do ministro Alexandre de Moraes”, disse Lindbergh.

 

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Jair Bolsonaro deverá prestar depoimento na próxima quinta-feira (5). A oitiva do ex-presidente foi determinada por Moraes após ele declarar que arca com os custos de permanência do filho no exterior.

 

Gastos bancados por doações


Segundo o ex-presidente, os gastos do filho são cobertos por doações realizadas via Pix. “Tenho bancado as despesas dele. Sem o Pix, não conseguiria. Ele está sem salário e tem atuado em articulações com autoridades no exterior”, afirmou em entrevista.


Bolsonaro acrescentou que os dois mantêm contato frequente e demonstrou desejo de ver o filho disputar uma vaga no Senado em 2026. “Conversamos quase todos os dias, mas as conversas são reservadas. Ainda não decidimos sobre o retorno à Câmara. O prazo de licença chegou à metade. Não desejo esse afastamento familiar”, declarou.

 

O inquérito foi instaurado a partir de solicitação da PGR, que atendeu representação encaminhada por Lindbergh. Entre os pedidos, consta a prisão preventiva de Eduardo e investigação por suposto atentado à soberania, tentativa de abolir o Estado democrático de direito por meios violentos e coação em processos em andamento.

 

PGR vê tentativa de interferência


Ao justificar a abertura de investigação, a Procuradoria indicou que Eduardo tem atuado para que o governo norte-americano aplique sanções a integrantes do STF, da PGR e da Polícia Federal. As medidas solicitadas incluiriam cancelamento de vistos, bloqueio de bens e restrições comerciais — caracterizadas como “pena de morte civil internacional”.

 

Para a PGR, as ações buscam intimidar autoridades envolvidas em processos contra Jair Bolsonaro e aliados, o que configuraria tentativa de obstrução judicial e interferência em outros Poderes. O órgão também recomendou a oitiva do ex-presidente.

 

Licença e declarações


Eduardo anunciou licença de 122 dias da Câmara em 20 de março. Na ocasião, alegou que o ministro Moraes tenta usar seu mandato como instrumento de chantagem, visando prender o parlamentar e impedir sua atuação política.

 

Afirmou ainda que passaria a se dedicar integralmente à “justiça” e à construção de um ambiente favorável à anistia de presos e investigados ligados aos atos de 8 de janeiro.

 

No mesmo dia, o PT solicitou à PGR a apreensão do passaporte do deputado. O pedido acabou arquivado por Moraes após a PGR indicar ausência de elementos para instaurar nova apuração.

 

Eduardo reagiu ao inquérito, citando o arquivamento anterior. “Mantenho as mesmas condutas. Para abertura de nova investigação, seria necessário um fato novo”, declarou em rede social.


Segundo o parlamentar, após declarações do senador americano Marco Rubio, o tom das acusações mudou.

 

“Não mudei minha postura. Nenhum comportamento novo foi adotado”, escreveu. Lindbergh, por sua vez, informou que pedirá ao Conselho de Ética da Câmara a cassação do mandato.

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