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13.12.2009 | 03h00

Pulseiras da Amizade?

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À primeira vista, somente uma colorida pulseira de plástico ou silicone que virou febre entre crianças e adolescentes em vários países. No Brasil, chegaram com nome e conceito de amizade. E por serem muito baratas, (12 por R$ 1 nos camelôs, em São Paulo), grande parte das garotas passou a usar. Até aí nada de mais, não fosse a bomba que se espallhou como rastro de pólvora pela mídia, a partir de um artigo publicado no jornal inglês The Sun, revelando que nas escolas da Inglaterra os adolescentes usam as pulseiras coloridas para trocar entre si mensagens de teor sexual.

Foi assim que de mídia em mídia, o assunto aportou em terras tupiniquins. E como tudo que vem de fora, seja bom ou ruim é absorvido rapidamente pela massa, o novo conceito foi adotado também por aqui como um código, o Snap, para os possíveis desejos e experiências sexuais. O problema é que nem todos que usam sabem que cada cor significa um grau de intimidade, que vai do abraço ao sexo aberto.

Anos 80 - Elas não são novidades. Feitas à base de silicone e disponíveis em várias cores, chegaram a ditar moda nos anos de 1980. De acordo com o jornal inglês, os adolescentes teriam então criado vários jogos com as peças. O objetivo é o mesmo: ao arrebentar uma pulseira de determinada cor, o garoto se sente no direito de reclamar o comportamento sexual da garota, que pode ir desde um abraço ou beijo até a uma relação sexual.

Segundo entendem os jovens ingleses, desse modo não existe violência e sim um jogo que é aceito por ambas as partes. Esse aspecto, muito importante, confundiu por completo os adultos, para além do jogo em si, muitas adolescentes usam as ditas pulseiras apenas como objetos decorativos.

Quase tão chocante como as "festas arco-íris", encontros com muito álcool e droga à mistura, em que as garotas usam batons de cores diferentes para deixar a "marca" nos garotos após o sexo oral -, as "pulseiras do sexo", que custam muito barato fazem com que o controle definitivamente fuja do alcance de muitos pais e educadores. O

A dona-de-casa Mariana Augusta Ferreira, 37 anos se mostrou assustada após descobrir o significado das pulseiras que comprava para a filha de 10 anos. "Jamais passou pela minha cabeça que isso pudesse simbolizar algo tão chocante. Nunca teria comprado e o pior dado de presente às amiguinhas dela se soubesse que seria um jogo do sexo. Sei que ela não usa com esse intuito mas decidi que não quero que ela continue usando. As pulseiras estão abolidas na minha casa".

Para a adolescente Ana Paula (nome fictício), de 16 anos, as pulseiras são apenas adereços de moda. "Eu uso e vou continuar usando apenas porque as acho bonitas e descoladas. Não me interessa o significado que dão a elas. Se alguém vier me questionar querendo que eu faça o que a cor significa é só eu me posicionar firme e dizer que não faço parte do jogo".

Status quo- Agora que o assunto veio à tona, relatos dão conta que, em muitas escolas entre o eixo Rio-São Paulo, e certamente em outras no país, quanto mais pulseiras uma garota usa, mais popular ela se torna no grupo. Aferindo ao comportamento uma posição de destaque ou exclusão do grupo social. "Quem não usar é excluído, mas ao contrário, se optar pelas de cores preta ou dourada será mais respeitado", confirma uma adolescente paulista, que segundo relatou em entrevista à uma emissora de TV, foi intimidada por um colega de classe dentro do banheiro da escola.

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